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Posse de Bolsonaro: Marinha impõe restrições no Lago Paranoá

Embarcações deverão manter distância de 100m da Ponte JK e de 50m das demais. Quem descumprir orientação será considerado uma ameaça

atualizado

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Drone, aérea, aérea,
1 de 1 Drone, aérea, aérea, - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), também causará alteração no tráfego de embarcações no Lago Paranoá. Ao Metrópoles, a Marinha do Brasil informou que barcos, lanchas e jet skis deverão manter uma distância de 100 metros da Ponte JK e de 50 metros em relação dos outros elevados sobre o espelho d’água, como as pontes das Garças e Costa e Silva. As restrições começam a valer no domingo (30/12) e se estendem até quarta-feira (2/1).

Segundo o Comando do 7º Distrito Naval, aqueles que não respeitarem a advertência serão tratados como “uma ameaça à segurança, consequentemente, um risco à navegação, estando sujeitas à rigorosa inspeção, seguida de apreensão”, informou.

Leia a nota da Marinha do Brasil, na íntegra:

A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 7º Distrito Naval, informa que no período compreendido entre os dias 30 de dezembro de 2018 e 02 de janeiro de 2019, estará terminantemente proibida a permanência de embarcações a uma distância inferior a 100 metros da Ponte JK e 50 metros das demais pontes e barragem do Lago Paranoá, as quais estarão sob constante vigilância da Capitania Fluvial de Brasília, com o propósito de garantir a segurança dessas obras e do tráfego aquaviário no seu entorno, no referido período.

O tráfego de embarcações sob as pontes estará autorizado somente de forma expedita e ininterrupta. As embarcações que permanecerem nas proximidades dessas localidades serão advertidas a se afastarem. Aquelas que não respeitarem a advertência serão consideradas uma ameaça à segurança das obras e, consequentemente, um risco à navegação, estando sujeitas à rigorosa inspeção, seguida de apreensão.”

Segurança reforçada também no ar
Toda a segurança para a posse está sendo reforçada de forma inédita, seguindo o modelo da solenidade que colocou Donald Trump à frente do governo dos Estados Unidos. Atiradores de elite estarão posicionados no alto dos principais prédios da Esplanada dos Ministérios. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), foram planejadas ações de reforço na defesa aérea e no controle de tráfego aéreo. Caças sobrevoarão a área de segurança delimitada para impedir que aeronaves não autorizadas se aproximem.

O planejamento prevê a criação de áreas de exclusão, com três níveis de restrição, nas quais somente aeronaves autorizadas irão sobrevoar. As zonas vermelha, amarela e branca serão acionadas ao meio-dia do dia 1º de janeiro, conforme divulgou a FAB.

A Alta Autoridade de Defesa Aeroespacial, que analisa os pedidos de sobrevoo e autoriza possíveis empregos da força, será o Comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), major-brigadeiro do ar Ricardo Cesar Mangrich. Estão sob sua responsabilidade a aplicação das medidas de policiamento do espaço aéreo e abertura de fogo da artilharia antiaérea.

“A motivação da operação é a proteção de todos que estão assistindo, assim como foi feito durante os grandes eventos [realizados entre 2013 e 2016 no país]. Com isso, pretendemos criar uma área de extrema segurança, impedindo a entrada de meios aéreos não autorizados. Para cumprir esse objetivo, a FAB conta com aeronaves preparadas para a pronta resposta e mísseis antiaéreos”, afirmou.

Ele confirma que a intenção dos militares é manter 12 pontos com artilheiros munidos de mísseis teleguiados, além de caças F-5M e A-29 prontos para serem acionados se alguma aeronave descumprir as ordens da FAB, colocando em risco a segurança da posse. “Em 38 anos desde a criação do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro, a Praça dos Três Poderes, no dia 1º de janeiro de 2019, será o ponto mais bem-protegido”, disse o Comandante do COMAE.

Áreas de controle
O espaço aéreo da região central de Brasília foi dividido em três áreas pela FAB. Na vermelha, que compreende um raio de 7,4km a partir da Praça dos Três Poderes, o sobrevoo é proibido. As únicas exceções são um helicóptero da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que fará coleta de imagens e transmissão ao vivo do evento, e uma aeronave remotamente pilotada (ARP), modelo RQ-900, da FAB, que vai prover imagens para estruturas de inteligência e de segurança.

“O ARP RQ-900, operado via satélite, atuará fornecendo dados para as forças de segurança e defesa. Haverá também um sistema de interferência com drones que possam sobrevoar o local. Caso alguma aeronave consiga entrar na área vermelha sem autorização, ela será automaticamente identificada como hostil e estará sujeita às medidas que forem necessárias, inclusive a destruição”, acrescentou o major-brigadeiro Mangrich.

Já a área amarela, que cobre um raio de 46,3km, abrangendo, inclusive, o Aeroporto Internacional de Brasília, é considerada restrita. Para sobrevoar, é preciso coordenar autorizações junto à FAB – independentemente de as aeronaves estarem envolvidas em atividades operacionais relacionadas à posse (como o helicóptero do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em acionamento para resgate) ou sejam pertencentes à aviação geral.

As autorizações, que variam segundo o envolvimento ou não com a chamada Operação Posse 2019, precisam ser submetidas até as 12h (horário de Brasília) do dia 31 de dezembro. Para a aviação geral, também há necessidade de solicitação de slots junto ao Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA). Informações sobre autorizações na área amarela podem ser obtidas pelo número (61) 99994-6140.

Considerada reservada, a última zona – área branca – abrange um raio de 129,6km a partir da Praça dos Três Poderes. Para sobrevoá-la não é necessário requerer autorização, mas a apresentação do plano de voo é obrigatória. “É muito importante que os pilotos que pretendem sobrevoar as áreas de exclusão no dia da posse conheçam as instruções específicas da FAB para cada tipo de demanda, assim como os Notam vigentes para aquela área, a fim de não cometer alguma irregularidade”, alerta o coronel aviador Luiz Claudio Macedo Santos, do Comae.

Aviação comercial não será afetada
Por fim, as autoridade da Força Aérea Brasileira afirmam que a aviação comercial não será impactada pela Operação Posse 2019. Já para a aviação geral (aeronaves de táxi-aéreo, instrução, aviação agrícola, entre outras), só haverá restrições às que operarem nas áreas vermelha, amarela e branca.

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