Porta-voz: Bolsonaro vê relação com PSL “passível de divórcio”
Presidente segue avaliando a possibilidade de sair da legenda e volta a comparar crise no partido com problemas no matrimônio
atualizado
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Depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) minimizou a crise no PSL na última semana, fazendo uma comparação com uma “briga de marido e mulher”, ele disse ao porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, que a relação com o partido é “passível de divórcio”.
No pronunciamento da noite desta segunda-feira (14/10/2019), Rêgo Barros afirmou, contudo, que ainda não há decisão a respeito da saída do partido. “O presidente analisa a situação referente ao seu posicionamento em relação ao PSL dia a dia e usa uma metáfora que lhe é usual: ‘Qualquer casamento é passível de divórcio’”, afirmou.
O comentário, segundo o porta-voz, não significa que seja o momento da desfiliação. “Nos casamentos, nessa metáfora que ele usa, chega-se a uma situação em que é preciso que haja um divórcio. Mas ele não qualificou que esse momento vá gerar divórcio”, explicou.
Estopim
A crise com o PSL foi exposta na última semana, depois que o presidente da República cochichou para um apoiador, na área externa do Palácio da Alvorada, um pedido para que ele “esquecesse” o partido. Diante da insistência do rapaz em gravar vídeo vinculando sua imagem à de Luciano Bivar [deputado federal presidente nacional da legenda], Bolsonaro disse que o comandante da sigla estava “queimado para caramba”.
Depois disso, começaram a surgir rumores de que o presidente deixaria o partido. A advogada Karina Kufa, que auxilia Jair Bolsonaro, revelou que estratégias jurídicas para a desfiliação dele estavam sendo estudadas. Os parlamentares da bancada se dividem quanto a uma possível solução para o impasse.