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Podemos expulsa Marco Feliciano pelos “dentes de R$ 157 mil”

Processo também cita apoio “irrestrito” ao presidente Jair Bolsonaro, denúncias de assédio sexual e até comentários sobre Caetano Veloso

atualizado

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1 de 1 feliciano - Foto: Reprodução/Facebook

O Podemos expulsou o deputado Marco Feliciano (SP) do partido. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (09/12/2019) pelo comando da legenda em São Paulo, por unanimidade (8 votos). Deve ser comunicada pelo presidente estadual da sigla, Mario Covas Neto, nesta terça-feira (10/12/2019).

Se quiser reverter a decisão, o parlamentar poderá recorrer à executiva nacional do partido. A expectativa entre dirigentes da sigla, no entanto, é de que ele aceite sair da legenda. Como foi expulso do partido, Feliciano não perde o mandato, a menos que haja uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que não deve acontecer.

A denúncia que originou a expulsão de Feliciano cita uma série de acusações ao deputado. Entre elas, estão os gastos de R$ 157 mil referentes a um tratamento odontológico reembolsados pela Câmara. Além disso, o apoio irrestrito ao presidente Jair Bolsonaro, acusações de assédio sexual no gabinete, recebimento de propina, pagamento a supostos funcionários fantasmas e até comentários sobre o cantor Caetano Veloso.

O partido decidiu expulsar Feliciano por “incompatibilidade programática e comportamento incondizente com as diretrizes” do Podemos. A saída forçada de Feliciano ocorre dentro da estratégia do Podemos de se afastar do “bolsonarismo” e se firmar como a sigla da Lava Jato. O partido tem atraído parlamentares da centro-direita descontentes com o governo e, só no Senado, passou de cinco para dez parlamentares nos últimos meses – a segunda maior bancada.

Dirigentes do Podemos querem desvincular a imagem do partido à de Feliciano. Alguns deputados e senadores, citam as fontes nos bastidores, condicionam a negociação de migração para a legenda à saída do deputado dos quadros do Podemos.

Procurado para comentar a decisão do partido, Marco Feliciano não respondeu. No início do mês, quando perguntado sobre o assunto, o parlamentar afirmou que iria respeitar a decisão da legenda. “Para mim, o que acontecer está bom. Que o eleitor julgue o caso. Um partido expulsa um deputado por apoiar um presidente da República. Aí, não tem mais o que fazer”, afirmou, na ocasião.

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