PF rebate críticas de Bolsonaro e diz que investigação é isenta
Segundo o delegado Rodrigo Teixeira, “politicamente, cada um fala o que quiser”, porque, segundo ele, não existe “abafar” caso
atualizado
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O superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, delegado Rodrigo Teixeira, rebateu, na quarta-feira (26/9), críticas do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e de sua família, sobre a condução das investigações do atentado a faca sofrido pelo deputado federal no último dia 6. A autoridade negou que o responsável pela investigação seja ligado ao PT. Segundo ele, a PF não “privilegia ninguém”.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan na segunda (24), Bolsonaro afirmou ter sido vítima de atentado político e sugeriu que a PF agia para “abafar” o caso. As apurações estão sob responsabilidade do delegado Rodrigo Morais. “O inquérito vem sendo conduzido de forma isenta, como sempre é feito pela Polícia Federal”, afirmou o superintendente. “Neste caso, foi aberto à família da vítima e à própria vítima para que pudessem acompanhar o procedimento. O doutor Rodrigo está se empenhando ao máximo”, disse Teixeira.
A PF anunciou na terça-feira (25/9) a abertura de novo inquérito para apurar o ataque. Segundo argumentação da corporação, isso ocorreu porque o prazo para fim do primeiro inquérito é mais curto, por se tratar de investigação com prisão em flagrante. “A instituição Polícia Federal vem prestando grandes serviços à nação nas últimas décadas e merece respeito de qualquer cidadão, desde o mais humilde até o postulante ao cargo mais alto da República.”
O superintendente da PF confirmou que o delegado responsável pelo caso trabalhou no governo de Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais. No entanto, negou relação do colega com o partido. Foi uma resposta a uma afirmação do filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro. Em entrevista, ele disse que a PF havia colocado “um delegado e ex-assessor do PT para encabeçar o inquérito”.
“Rodrigo Morais exerceu cargo técnico na Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais. Era um cargo que integrava as inteligências das polícias Militar, Civil e do sistema prisional. Um cargo de terceiro escalão”, disse o superintendente. “Morais nunca teve contato com o governador, e fez um grande trabalho na secretaria, porque estava muito qualificado para isso, tinha experiência”, afirmou.
Segundo Teixeira, “politicamente, cada um fala o que quiser”. “Não existe na Polícia Federal abafar caso ou dar preferência para caso. Não existe prejudicar A, B ou C. Trabalhamos com o estrito cumprimento da lei, e a história nossa prova isso.”
Bolsonaro foi esfaqueado na região abdominal quando fazia campanha na região da Praça Halfeld, no centro de Juiz de Fora (MG). Ele se recupera no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O agressor, Adelio Bispo de Oliveira, está preso em penitenciária federal em Mato Grosso do Sul (MS).
