PF faz buscas em escritório de PM amigo de Michel Temer em São Paulo
O coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho é sócio da empresa Argeplan
atualizado
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Um dos alvos da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (18/5), foi a empresa Argeplan, um escritório de arquitetura e engenharia localizado em São Paulo. O coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho é sócio da empresa e amigo do presidente da República Michel Temer (PMDB).
Em uma gravação feita por Joesley Batista, dono da JBS, em março deste ano, o presidente da República dá o aval para que o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja comprado. As informações são do jornal O Globo.
Segundo a reportagem, o empresário informou a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ambos ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”. Na conversa, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F — holding que controla a JBS, maior produtora de carne do mundo. Posteriormente, Loures foi filmado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O dinheiro seria parte da mesada.Joesley, que está nos Estados Unidos, disse já ter pago R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após a prisão do peemedebista. Esse valor seria referente a um “saldo” de propina. Ainda de acordo com o empresário, ele devia R$ 20 milhões pela tramitação de uma lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.
Operação Patmos
A operação batizada de Patmos, é uma ação no âmbito da Lava Jato e foi deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira (18). Ela ocorre um dia depois de a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, revelar que Aécio Neves teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato.
Segundo a Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos mandados de busca a apreensão nos apartamentos dos investigados. Já estão presos o procurador da República Ângelo Goulart Villela e o advogado Willer Tomaz, supostamente ligado a Cunha.