Polícia Federal adia depoimento do coronel Lima, amigo de Temer
Segundo a defesa, ele “não tem condições de saúde” para depor. Mulher do militar falou à PF sobre reforma na casa da filha do presidente
atualizado
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A Polícia Federal adiou o depoimento do coronel João Baptista Lima Filho, preso na Operação Skala por suspeita de ligação com esquema de propinas no Porto de Santos supostamente destinadas ao presidente Michel Temer (MDB), amigo do militar reformado. A defesa de Lima Filho alegou que ele está “sem condições de saúde” para falar à PF.
O coronel teve a prisão decretada nessa quinta-feira (29/3). Alegando mal-estar, foi encaminhado ao Hospital Albert Einsten, onde ficou até o início da noite, quando teve alta. Depois de realizar exames no Instituto Médico Legal, a PF levou o militar para a carceragem no bairro da Lapa.
O interrogatório do coronel iria ocorrer na manhã desta sexta (30), mas a Polícia Federal optou primeiro por interrogar a mulher e sócia do amigo de Temer. Agora à tarde, Lima Filho seria ouvido, mas seus advogados alegaram que, devido a problemas de saúde do cliente, ele não poderá depor.Com a palavra, a defesa do coronel Lima
Segundo informaram os advogados de defesa Cristiano Benzota e Maurício Silva Leite, nesta sexta-feira, o coronel João Batista Lima Filho “nega qualquer envolvimento em supostas irregularidades que são objeto de investigação”.
“No momento, não está em condições de prestar depoimento por recomendações médicas, sem prejuízo de dar futuros esclarecimentos quando apresentar melhora do seu quadro clínico. A sua situação de saúde tem sido reiteradamente informada para as autoridades”, diz a nota.