Pezão chega à PF no Rio. Witzel diz que transição não será afetada
Governador foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (29/11) na Operação Lava Jato. Ele chegou ao local sem algemas
atualizado
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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), deixou por volta das 7h30 o Palácio Laranjeiras, residência oficial, escoltado pela Polícia Federal (PF). Pezão foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (29/11) em mais uma etapa da Operação Lava Jato.
O emedebista chegou à sede da PF do Rio pouco antes das 8h. Imagens mostraram o governador descendo de um dos carros da comitiva ao lado de policiais federais. Ele não usava algemas.
Agentes da PF estavam na residência oficial desde às 6 horas. Pezão foi levado num comboio de três veículos, com vidro fumê. O governador foi fotografado num dos carros pelo jornal “O Dia”. Alguns poucos transeuntes acompanharam a saída de Pezão – o Palácio Laranjeiras fica numa área residencial pouco movimentada da zona sul do Rio.
A operação foi desencadeada tendo como base informações obtidas na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral, que está preso. Segundo Miranda, Pezão recebia mesada de R$ 150 mil quando era vice-governador, na gestão de Cabral. A delação detalha ainda pagamento de 13º salário de propina e dois pagamentos de R$ 1 milhão como prêmio. Além de Pezão, outras oito pessoas também foram alvos de mandados de prisão.
Transição de governo não será afetada
Após a prisão de Pezão, na operação da PF denominada Boca de Lobo, o governador eleito do estado, Wilson Witzel (PSC), divulgou nota oficial garantindo que a transição de governo não será afetada.
No comunicado, Witzel diz ainda confiar na Justiça e na condução dos trabalhos pelo Superior Tribunal de Justiça e Polícia Federal. “A transição não será afetada. A equipe do governador eleito seguirá trabalhando para mudar e reconstruir o Rio de Janeiro”, destacou o futuro governador.