Pela reforma da Previdência, Guedes recebe deputados nesta terça (2)
Ministro da Economia recebe lideranças do PSD e PSL. Nesta quarta (3), ele defenderá as mudanças na CCJ da Câmara
atualizado
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Na empreitada pela aprovação da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, partiu para o corpo a corpo para consolidar a base aliada e facilitar a tramitação das medidas que alteram as regras da aposentadoria.
Nesta terça-feira (2/3), ele recebe deputados da bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e lideranças do PSD para traçar a estratégia de convencimento no Congresso. Nesta quarta-feira (3/3), Guedes irá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara.
Lá, o chefe da economia vai explicar os benefícios da reforma. O governo já admite que terá de negociar alguns pontos com deputados. A promessa do presidente da comissão, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), é de que o parecer do relator seja votado em 17 de abril.
Ao menos três pontos causam descontentamento em parlamentares. As mudanças nos benefícios pagos a idosos carentes, as aposentadorias rurais e a desconstitucionalização das regras previdenciárias centralizam uma queda de braço entre oposição e governo.
Desde as 9h, os primeiros parlamentares começaram a chegar ao prédio do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios. Participam da reunião Rogério Marinho, secretário Especial de Previdência e Trabalho, e Daniella Marques, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos.
O PSD reúne 34 deputados, sendo a quinta maior sigla na casa. O líder do partido, deputado André de Paula (PSD-PE), já prometeu apoio a Bolsonaro e à agenda de reformas.
Após o almoço, é a vez de Guedes conversar com as lideranças do PSL. Os correligionários de Bolsonaro — a segunda maior bancada, atrás somente do PT — deverão ser importante força de tração para a aprovação da reforma. A reunião se estende por três horas, com início às 14h e terminando às 17h.
O encontro também serve como treino para Guedes ir à CCJ. Aliados do governo entendem que essa é uma oportunidade para atenuar o mal entendido de duas semana atrás, quando o ministro desistiu de ir ao Congresso e deixou parlamentares de mau humor.
A intenção do governo é surfar na calmaria da relação entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), após intensa troca de farpas. Na semana passada, Guedes almoçou com Maia na Residência Oficial da Casa, no Lago Sul, e saiu satisfeito. O ministro disse que era o momento da reforma “deslanchar”.