Pedetista defende Coreia do Norte e quer parceria com Kim Jong-Un
Deputado federal Paulo Ramos foi ao país e diz que governo coreano busca resolver questões sociais, “tudo para as massas populares”
atualizado
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A Coreia do Norte, país alvo de várias sanções por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas, devido a sua insistência em realizar testes nucleares, ganhou pelo menos um admirador em terras brasileiras. Nessa terça-feira (24/09/2019), o deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) divulgou um vídeo em que declara apoio ao governo do ditador Kim Jong-Un. O parlamentar afirma que visitou o país representando a legenda pedetista e diz que há possibilidades de abrir uma parceria com o Partido dos Trabalhadores da Coreia. São informações da Carta Capital.
No vídeo, Ramos criticou as avaliações negativas sobre a orientação política do governo e ressaltou que os norte-coreanos enfrentaram duas guerras: uma contra o Japão e outra contra os Estados Unidos.
“Estive na Coreia do Norte, país sobre o qual pouco ouvimos falar, e aquilo que é divulgado é sempre uma divulgação negativa. Mas saí de lá com uma avaliação preliminar sobre o significado da soberania nacional. Só um país soberano pode definir o seu próprio destino”, diz Ramos no vídeo.
“E a Coreia do Norte, que venceu duas guerras, uma contra o Japão e outra contra os Estados Unidos da América do Norte, tem um projeto. Muitos podem discordar do projeto, mas é um projeto definido pelos seus grandes líderes, sempre com o objetivo de resolver as questões sociais, tudo para as massas populares”, afirmou o deputado.
Confira:
O parlamentar ressalta que há possibilidades de a sigla abrir uma parceria com o partido de Kim Jong-Un. “Vamos aprofundar o conhecimento, para que possamos ter uma parceria PDT com o Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte”, declara.
Cessar-fogo temporário
País mais bloqueado do mundo, a Coreia do Norte é cercada por milhares de soldados do Estados Unidos em suas fronteiras desde 1953, após um cessar-fogo temporário decorrente de uma guerra com os americanos que durou três anos.
Juridicamente, a Guerra da Coreia ainda não teve um acordo de paz. Nos últimos anos, o país ganhou destaque por ostentar ao mundo o seu poderio militar, utilizado como moeda de troca para negociações com os Estados Unidos. Em junho deste ano, Donald Trump foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a pisar em terras norte-coreanas.