Paulo Coelho a Bolsonaro: “Mulheres brasileiras não são commodity”
O escritor criticou as falas do presidente da República, dizendo ainda que “turismo sexual não é razão para vir ao Brasil”
atualizado
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O escritor brasileiro Paulo Coelho criticou as falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), sobre “quem quiser vir ao Brasil fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”. Para o chefe do Executivo, o jornalista disse que “mulheres brasileiras não são uma commodity”.
Por meio do seu Twitter, Coelho disse ainda que o turismo sexual não é uma razão para visitar o país.
Brazilian women ARE NOT a commodity. Sex tourism is NOT a reason to visit Brasil https://t.co/sTiu2JMvjW
— Paulo Coelho (@paulocoelho) 26 de abril de 2019
Entenda
O presidente Bolsonaro falou a respeito da recusa do Museu de História de Nova York em sediar o evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em sua homenagem. Segundo ele, isso ocorreu por ter ficado com uma imagem de homofóbico na esfera internacional.
Para Bolsonaro, esse associação começou quando ele apontou a existência de um suposto “kit gay” e começou a “tomar pancada do mundo todo”. “Eu comecei a assumir essa pauta conservadora. Essa imagem de homofóbico ficou lá fora”, afirmou. Para Bolsonaro, essa situação não atrapalha os investimentos.
“O Brasil não pode ser um país do mundo gay, do turismo gay. Temos famílias”, comentou. E prosseguiu: “Quem quiser vir ao Brasil para fazer sexo com uma mulher, que estivesse à vontade”.
A declaração tem sido alvo de críticas tanto de entidades que defendem os direitos da comunidade LGBT quanto das mulheres.
A exemplo do Museu Nacional de História Natural em Nova York, o Cipriani Hall, em Wall Street, também se recusou a sediar o evento Personal of the Year, premiação da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos que vai homenagear o presidente Jair Bolsonaro.