Marina Silva exagera na redução do desmatamento na Amazônia
A Agência Lupa checou as declarações dadas pela ex-ministra do Meio Ambiente na era Lula e mostra o que é verdade ou exagero
atualizado
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Marina Silva, em vídeo publicado no Twitter, no dia 20/09/2017
Em 2004, quando estava à frente do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva ajudou a criar o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPDCAm) que busca a preservação da floresta. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mapeia o desmatamento da Amazônia, mantém em seu site uma tabela de 1998 a 2015. Nele, é evidente que a redução do desmatamento começou depois de 2004. Em 2003, por exemplo, a Amazônia Legal teve 25.396 km/2 desmatados. Dois anos depois, esse número era de 19.014 km/2.
Queda no desmatamento
“[Depois do Plano] O desmatamento passou a cair ano após ano”
Marina Silva, em vídeo publicado no Twitter, no dia 20/09/2017
Governo Temer
“A reprovação do governo Temer é superior a 95%”
Marina Silva, artigo no Valor Econômico, 29/09/2017
EXAGERADO
Segundo pesquisa divulgada pelo Datafolha no último dia 2, 73% dos brasileiros consideram o governo do presidente Michel Temer ruim ou péssimo. Esse é o pior índice registrado pelo instituto de pesquisa desde a redemocratização, em 1985. Quando assumiu, Temer possuía 31% de reprovação. Antes disso, o governo Dilma Rousseff era o que possuía o maior recorde de rejeição, chegando a 71% em agosto de 2015. A pesquisa divulgada pelo Ibope no dia 29 de setembro vai na mesma linha. De acordo com o instituto, 77% dos entrevistados avaliam o governo Temer como ruim ou péssimo. Outros 16% o avaliam como regular, e apenas 3% avaliam o governo como ótimo ou bom. Procurada, Marina Silva não retornou aos contatos da reportagem.
Nível de confiança
“O Brasil ocupa a última posição no nível de confiança nos políticos, segundo o Índice de Competitividade Global entre 137 países realizado pelo Fórum Econômico Mundial”
Marina Silva, artigo no Valor Econômico, 29/09/2017
O estudo mencionado pela presidenciável da Rede mostra que o Brasil está atrás de outras 136 nações no ranking de “confiança nos políticos”, feito pelo Fórum Econômico Mundial. Os políticos brasileiros são menos confiáveis do que os venezuelanos, por exemplo, que estão na 133ª posição. Cingapura lidera o índice de confiança que foi medido através de uma pesquisa no qual os entrevistados davam notas de 1 a 7 sobre os padrões éticos dos políticos de seus países.