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Oposição quer nova perícia e denunciará Bolsonaro ao STF

Psol apresentará uma notícia-crime contra o presidente no STF pelos crimes de prevaricação e obstrução da justiça

atualizado

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1 de 1 Condomínio-Bolsonaro - Foto: Divulgação

A declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), de que pegou os dados da secretária eletrônica de seu condomínio antes que alguém mexesse nos áudios provocou reação de políticos da oposição. O Psol informou que apresentará na próxima segunda-feira (04/11/2019) uma notícia-crime contra o presidente pelos crimes de prevaricação e obstrução da justiça. “Bolsonaro já deve estar sabendo que o confronto de provas pode produzir mais turbulências envolvendo seu nome. Um potencial investigado não pode mexer em possíveis provas”, disse o líder da bancada do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP).

Também os líderes da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reagiram ao comentário feito pelo presidente na manhã deste sábado (02/11/2019). Além de representarem contra o presidente pelos mesmos crimes, eles pedirão que seja determinada a devolução do material que Bolsonaro se apropriou ilegalmente, segundo avaliação deles, e que todo o conteúdo seja periciado.

“Acompanhamos com perplexidade o presidente da República confessar publicamente que se apropriou ilegalmente de provas essenciais para a investigação de um crime que acaba de completar 600 dias sem solução. Não cabe ao presidente da República determinar a apreensão de provas. Esperamos que se determine o quanto antes a devolução do material apreendido pelo presidente da República e que o mesmo responda perante a Justiça pelo ilícito que confessou ter praticado”, disse Alessandro Molon.

Randolfe considerou que não pode o presidente da República estar acima da lei e que é necessário e urgente uma nova perícia do caso.

 

Nesta semana, uma reportagem do Jornal Nacional contou que um porteiro do condomínio onde o presidente tem casa no Rio de Janeiro disse que o policial militar Élcio Queiroz, um dos suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco (PSol), teria ido ao local no dia do assassinato e informou na portaria que iria à casa de Bolsonaro. Ainda de acordo com o porteiro, Élcio seguiu, contudo à casa de Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que atingiram Marielle. Ex-policial, Ronnie mora no mesmo condomínio.

Aos investigadores, o porteiro disse que ligou para a casa de Bolsonaro e que o “seu Jair” teria autorizado a entrada de Élcio. A própria reportagem menciona que o então deputado federal estava em Brasília na data e inclusive participou de votações.

Na coletiva, o presidente também pontua que não estava no Rio: “Eu estava em Brasília, está comprovado, várias passagens minhas pelo painel eletrônico”.

Após a veiculação da reportagem, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, divulgou imagens e áudios contestando a versão do porteiro e afirmando que a ligação sobre a autorização não foi para a casa do presidente.

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