Onyx diz ter “preocupação zero” com invasão de celular de Bolsonaro
O Ministério da Justiça foi informado pela Polícia Federal que dois aparelhos do presidente foram hackeados
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse que há “preocupação zero” com a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e integrantes do governo terem conversas vazadas após a invasão de celulares. Nesta quinta-feira (25/07/2019), o Ministério da Justiça, informado pela Polícia Federal, confirmou que o aparelho do chefe do Executivo foi hackeado.
Lorenzoni informou que o assunto será tratado na reunião do governo, prevista para acontecer na próxima terça-feira (30/07/2019), quando órgãos de segurança, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), devem informar sobre procedimentos a serem adotados a partir de agora.
Onyx disse que não teme crise política devido a uma possível divulgação de conversas interceptadas. “Não teve eficácia quando surgiu e não terá agora. A gente faz as coisas corretamente. O grande símbolo disso é o ministro Sergio Moro”, afirmou, referindo-se às publicações dos diálogos no site The Intercept.
De acordo com o ministro, ainda não houve por parte do governo nenhuma mudança de comportamento ou de adoção de procedimentos de segurança em decorrência da notícia de invasão do celular do presidente da República. “Não tem nenhuma medida neste momento de alteração da rotina. Meu telefone é o mesmo há 10 anos. Ser governo é assim. Transparente assim, simples assim”, disse.
“Nós vamos ter uma reunião ministerial na próxima terça-feira e pode ser que a Abin ou o próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública possam trazer alterações na comunicação entre os ministros e o presidente. Mas até o momento não”.
Em visita a Manaus, nesta quinta-feira, o presidente afirmou que os hackers “perderam tempo”. “Não estou nem um pouco preocupado se, porventura, algo vazar aqui do meu telefone. Não vão encontrar nada que comprometa”, garantiu.
Bolsonaro indicou que seria “infantilidade” achar que o telefone dele não era monitorado. “Não apenas por eu ser capitão do Exército, conhecedor da questão da inteligência. Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas, essas não são passadas via telefone”, completou.