Novo presidente do BNDES é Gustavo Montezano, ex-BTG Pactual
Substituto de Joaquim Levy era secretário especial adjunto de Desestatização do Ministério da Economia
atualizado
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Menos de 24 horas após a saída de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) definiu o nome do substituto: o economista Gustavo Montezano assume a vaga.
A confirmação aconteceu nesta segunda-feira (17/06/2019), após Bolsonaro se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Palácio do Planalto, por duas vezes, pela manhã e no meio da tarde. O encontro da manhã não estava na agenda oficial do presidente e do ministro.
Montezano é o atual secretário especial adjunto de Desestatização do Ministério da Economia. Indicado por Guedes, ele era um dos nomes em especulação pela equipe econômica. O economista estava fora do Brasil e voltou ao país para assumir cargo no governo de Bolsonaro. Engenheiro mecânico pelo Instituto Militar de Engenharia e mestre em economia pela Ibmec, ele trabalhava diretamente com Salim Mattar. Aos 38 anos, foi sócio do BTG Pactual e atuava em Londres na ECTP (Ex- BTG Pactual Commodities).
Levy pediu demissão do cargo após Bolsonaro afirmar, no último sábado (15/06/2019), que o agora ex-presidente do banco estava com a “cabeça a prêmio”. Por ter sido ministro de Dilma, Guedes relutou em aceitar o nome de Levy para o BNDES, mas acabou cedendo devido à articulação política e à experiência do economista.
O racha entre Bolsonaro e Levy começou quando o chefe do Palácio do Planalto pediu que Levy demitisse o novo diretor de Mercado de Capitais da instituição financeira, Marcos Pinto.
“O Levy nomeou Marcos Pinto para o BNDES, e eu já estou por aqui com o Levy. Falei pra ele: ‘Demite esse cara ou eu demito você segunda, sem falar com o Guedes’”, contou. Pinto trabalhou como assessor do banco no governo PT.
No último domingo (16/06/2019), Levy divulgou uma carta pedindo desligamento do banco. “Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda. Agradeço ao ministro o convite para servir ao país e desejo sucesso nas reformas”, escreveu.