No Rio, membros do MBL são hostilizados em atos pró-Moro: “Vendidos”
Apoiadores do ex-juiz, hoje ministro, reclamam de que movimento “mudou”: “Vão ter que fazer muito para limpar a barra”, bradou manifestante
atualizado
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A presença de carros de som e de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) na manifestação de apoio ao ex-juiz e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, está sendo criticada por boa parte dos apoiadores do ex-juiz e causou há pouco um pequeno tumulto que precisou da intervenção da polícia.
Apesar de rapidamente solucionado, o clima contra o MBL é tenso e eleitores do Bolsonaro que não fazem parte do movimento fazem questão de gritar “traidores” e “vendidos” ao passar pelos carros de som patrocinados pelo movimento antes liderado pelo hoje deputado federal Kim Kataguiri.
“Se vendendo para o Freixo!”
De acordo com o técnico em segurança do trabalho, Henrique Andrade, 44, uns dos que gritavam contra o MBL em frente ao carro de som, o grupo mudou depois que assumiu cargos públicos e agora estaria “se vendendo” no Congresso.
“Eu acompanho o MBL desde o começo e não reconheço mais, estão se vendendo para o (Marcelo) Freixo (PSol), para o Eduardo Cunha (preso em Curitiba), para o Rodrigo Maia (DEM-RJ, presidente da Câmara)”, disse.”Eles (MBL) vão ter que fazer muito para limpar a barra deles com a gente”, completou.
Outra crítica ao MBL é de que não compareceu à última manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Andrade defendeu Moro contra as críticas embasadas nos vazamentos de conversas feitos pelo site The Intercept e afirmou que “os fins justificam os meios”, dando respaldo ao suposto abuso do poder de Moro denunciado pelo veículo.
“Congresso, a vergonha do Brasil”
De cima do carro de som, representantes do MBL criticaram a “divisão que a direita quer fazer” e colocaram em seguida músicas em linha com os apoiadores do ex-capitão, como a que diz que “só quer uma arma pra se defender” seguida de “o Congresso Nacional, a vergonha do Brasil”, que também critica o STF.