Netanyahu vem à posse e terá encontros privados com outros presidentes
Primeiro-ministro de Israel confirmou presença em transmissão de cargo a Bolsonaro. Compromissos incluem reunião com secretário dos EUA
atualizado
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Depois de confirmar, voltar atrás e deixar no ar se prestigiaria ou não a posse de Jair Bolsonaro (PSL) como presidente da República, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que virá mesmo à cerimônia de transmissão de cargo ao próximo presidente do Brasil, no dia 1º de janeiro.
A agenda do chefe de Estado israelense, à qual o Metrópoles teve acesso, mostra, ainda, que Netanyahu terá reuniões fechadas com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, além de encontros com os presidentes de Honduras, Juan Orlando Hernández, e do Chile, Sebastian Pinera. Todos estarão em Brasília no primeiro dia do ano.
Netanyahu foi o primeiro chefe de Estado a confirmar presença na solenidade de condução de Jair Bolsonaro à Presidência da República. No entanto, sua vinda ao evento foi posta em dúvida porque ele enfrenta problemas internos em Israel: o Parlamento do país foi dissolvido nessa quarta-feira (26/12), marcando o início antecipado da campanha de sucessão de Benjamin Netanyahu.
Inicialmente, as eleições ocorreriam em novembro de 2019, mas agora serão em abril, após o Parlamento do país deixar de apoiar o atual primeiro-ministro. As primárias do partido do premier, que tentará a reeleição, serão realizadas em fevereiro.
De acordo com a agenda do chefe de Estado israelense, ele chegará ao Brasil já na manhã desta sexta-feira (28). Netanyahu desembarcará no Rio de Janeiro, onde terá uma primeira reunião com Bolsonaro e, depois, com os futuros ministros da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Os compromissos de sábado (29) ainda não foram definidos. Mas, no domingo (30), Netanyahu concederá entrevistas a jornalistas brasileiros e se encontrará com judeus que vivem no país. Na segunda-feira (31), o primeiro-ministro seguirá no Rio de Janeiro, onde se encontrará com formadores de opinião. Apenas no dia 1º de janeiro, chega a Brasília para a cerimônia de posse de Bolsonaro e encontros com os demais chefes de Estado. No mesmo dia, deixa o Brasil.
A presença de Netanyahu na posse de Bolsonaro é estratégica. Isso porque o próximo presidente do Brasil já afirmou que levará adiante a ideia de mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, medida já adotada pelos Estados Unidos. Pelo Twitter, na terça-feira (25), Bolsonaro anunciou que o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes, irá a Israel em janeiro a fim de negociar parcerias.