Munido de um HC, Palocci não fala, mas promete voltar à CPI do BNDES
Reunião com ex-ministro se realizou a portas fechadas. Acesso foi coberto e deputados tiveram que deixar celulares fora do plenário
atualizado
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O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci usou uma orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para não prestar esclarecimentos, nesta quarta-feira (29/05/2019), à comissão parlamentar de inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades na gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O ex-ministro, no entanto, se comprometeu em retornar à comissão, caso haja uma manifestação do Ministério Público Federal (MPF) autorizando-o a expor informações sobre a gestão petista do órgão.
A reunião ocorreu de portas fechadas. Antes, a própria procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a orientar os deputados a cancelarem a oitiva, visto que Palocci não poderia prestar informações, sob risco de prejudicar investigações em andamento. A sugestão, no entanto, não foi aceita pelos parlamentares, que exigiram a presença do ex-ministro.
Como Palocci disse que teria interesse em voltar à comissão, os deputados desistiram de fazer os questionamentos.
O ex-ministro também compareceu à sessão desta quarta da CPI munido de um habeas corpus (HC) preventivo expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Diante disso, a comissão cobriu a porta do plenário com uma cartolina, preservando a imagem do petista no colegiado (na foto em destaque, Palocci de costas, na entrada da comissão). Os deputados também precisaram deixar seus celulares fora da sala de audiência.