MST a Bolsonaro: GLO rural é “licença para matar a luta social”
Representantes dos sem-terra afirmam que denunciará às cortes internacionais de direitos humanos qualquer ato contra manifestações
atualizado
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reagiu ao anúncio do presidente da República, Jair Bolsonaro de que pretende usar as forças de segurança para ações de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) destinadas a conflitos no campo.
De acordo com o coordenador nacional do MST, Alexandre Conceição, trata-se de mais uma ideia “fascista e discriminatória” do governo. Ele afirma que o movimento pretende denunciar qualquer ato contra manifestações, ocupações e protestos às cortes internacionais de direitos humanos.
“É uma licença para matar a luta social, para matar pessoas, que estão lutando pelo seu direito que a Constituição garante. Então é um governo que a gente precisa denunciar, não só aqui no Brasil, mas nas cortes internacionais de direitos humanos”, disse Conceição, em entrevista ao Metrópoles.
Para ele, a edição da chamada GLO Rural, anunciada nesta segunda-feira (25/11/2019) pelo presidente, é mais uma medida dentro de um arcabouço de ideias do governo no sentido de criminalizar os movimentos sociais.
“O MST se coloca completamente contrário a essa ideia fascista deste governo discriminatório. É um governo que vem perseguir a luta social. Luta social se revolve com desenvolvimento econômico, com distribuição de terra, de renda, colocando as famílias assentadas para produzir alimento”, disse.
“Essa ideia vem junto com a modificação da lei de terrorismo, a GLO com a proposta de excludente de ilicitude e, agora, a GLO do campo. É mais uma nesse conjunto de medidas