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Mourão sobre decisão do STF contra Crusoé: “Isso vai além da censura”

Para o vice-presidente, “ao se sentir atingido, o ministro deveria acionar o Ministério Público”

atualizado

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MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
MOURÃO CUMPRE AGENDA EM SP
1 de 1 MOURÃO CUMPRE AGENDA EM SP - Foto: MARCELO CHELLO/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

“Não tenho dúvida de que é censura, mas vai além da censura”. A afirmação é do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, ao comentar, nesta segunda-feira (15/04/19), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de determinar à revista Crusoé a retirada do ar, de forma imediata, da reportagem de capa da última edição, intitulada O amigo do amigo de meu pai. São informações do site O Antagonista.

“No momento em que [a decisão], além de interditar a publicação, convoca os jornalistas a depor na Polícia Federal. [Significa que] Já estão respondendo a inquérito”, observou o vice de Jair Bolsonaro (PSL).

Para Mourão, ao se sentir atingido, o ministro deveria acionar o Ministério Público. “O camarada está sendo tudo: é julgador e investigador”, ressaltou Mourão.

A reportagem trata de um suposto codinome dado ao presidente do STF, Dias Toffoli, na lista do “departamento de propinas” da Odebrecht. Segundo a Crusoé, o ministro seria o “amigo do amigo do meu pai”.

O codinome “Amigo do meu pai” já tinha sido revelado anteriormente pela Lava Jato e seria o ex-presidente da República Lula da Silva (PT), atualmente preso em Curitiba, condenado pela Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. “Meu pai” identificaria Emílio Odebrecht, pai de Marcelo.

Pela decisão do ministro Moraes, a Polícia Federal vai intimar os responsáveis pela publicação da reportagem “para que prestem depoimentos no prazo de 72 horas”, informou o site O Antagonista, de quem a revista é parceira.

Claro abuso
Para Alexandre de Moraes há “claro abuso no conteúdo da matéria veiculada”. A revista, em sua defesa, reforçou que a reportagem de que trata a decisão do ministro foi publicada com base em um documento que consta dos autos da Operação Lava Jato.

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