Mourão: “Não é necessário que Petrobras seja comandada por militar”
Vice-presidente eleito afirmou que estatal “passou por um processo severíssimo de saneamento e está saneada”
atualizado
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A pedido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o vice-presidente eleito general Hamilton Mourão passou a manhã em visita à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, onde se reuniu com o presidente da empresa, Ivan Monteiro, e toda a diretoria. Após o encontro, Mourão disse que a empresa “passou por um processo severíssimo de saneamento e está saneada”.
Questionado se ainda havia a possibilidade de um general assumir o comando da estatal, ele respondeu: “Minha opinião é que não é necessário que seja alguém do meio militar”. Sobre nomes para o cargo, ele disse que é uma decisão do presidente Bolsonaro.
O general Mourão contou que assistiu a uma “apresentação da situação da empresa” e que ficou “muito satisfeito com a recuperação que a Petrobras teve, graças à gestão altamente profissional da equipe que está lá”. Segundo Mourão, “eles fizeram um trabalho fantástico de, em três anos, recuperar toda a lambança que foi feita na empresa”.
Perguntado se ainda seria necessário algum pente fino na Petrobras para buscar a existência de ralos de corrupção, o general Mourão foi taxativo: “Não tem. Eles mudaram toda a estrutura. Era uma estrutura compartimentada. Cada diretor fazia o que bem entendia. Agora, não. Agora a empresa está toda na regra moderna de governança, com tudo passando pelo conselho de administração”.
De acordo com ele, a Petrobras “está saneada, adquirindo solidez e com projetos muito consistentes”. Ele ressaltou que “a empresa passou por um processo severíssimo de saneamento, extremamente profissional”. E acrescentou: “é algo que a gente tem de se sentir orgulhoso do trabalho desse pessoal na empresa, da recuperação que eles fizeram na Petrobras”.
O general Mourão não falou sobre nomes, reiterando que o presidente Bolsonaro é que decidirá sobre isso e que ainda não foi decidido também quem será o ministro das Minas e Energia, a quem a Petrobras está vinculada. Mas ressaltou que “não precisa ser um militar”.