Moro: nenhum país permite suspeito de conduta grave em seu território
Ministro da Justiça e Segurança Pública voltou a defender os objetivos da Portaria 666, que veda ingresso de “estrangeiros suspeitos”
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Púbica, Sergio Moro, disse nesta terça-feira (30/07/2019) que o objetivo da Portaria 666 “é basicamente regular exceções já previstas na legislação e proteger a população”. A Portaria 666 veda o ingresso de estrangeiros suspeitos de envolvimento em condutas criminais específicas, como terrorismo.
Em sua conta no Twitter, o ministro voltou a defender e a detalhar a medida e o seu alcance. “Terrorismo, pedofilia, tráfico de armas, drogas e pessoas, crime organizado armado. Rol de crimes muito específico, além de proibir o ingresso de torcedores violentos.”
Moro destacou que “a escolha racional e legítima é evidentemente a primeira opção”.
“Nenhum país do mundo, tendo conhecimento, permite que pessoas suspeitas de envolvimento em condutas criminais graves adentrem o seu território. Não se corre o risco, simples assim”, cravou.
Ele descreveu um cenário hipotético, com três opções.
“O Brasil recebe informações de que membros de grupo terrorista internacional estão vindo para o país. Ainda não há mandado de prisão internacional, nem condições de pedir a prisão deles. Só informação de inteligência.
1 – As autoridades brasileiras não permitem o ingresso dessas pessoas, nem mesmo por pedido de refúgio travestido, e protegem a população brasileira (ação agora permitida pela Portaria 666);
2 – As autoridades brasileiras permitem o ingresso e ficam esperando alguma condenação criminal no Brasil ou no estrangeiro, o que pode levar anos, enquanto o grupo age no Brasil (antes da Portaria); ou
3 – As autoridades brasileiras permitem o ingresso e ficam esperando a ocorrência de um atentado para daí fazer alguma coisa (antes da Portaria)”.