Moro falará para 4 comissões da Câmara dos Deputados nesta terça
O ministro dará esclarecimentos sobre conversas vazadas entre ele e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, é esperado, nesta terça-feira (02/07/2019), a partir das 14h, para ser ouvido na Câmara dos Deputados pelas comissões de Constituição e Justiça; de Trabalho; de Direitos Humanos; e de Fiscalização Financeira e Controle.
Os deputados querem esclarecimentos sobre conversas entre o então juiz Moro e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, em especial o coordenador Deltan Dalagnol, reveladas pelo site Intercept Brasil..
Na última quarta-feira (26/06/2019), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), recebeu a correspondência do Ministério da Justiça que informa a disposição de Sergio Moro em comparecer à Câmara.
“Está aqui em minhas mãos um documento do Ministério da Justiça, da assessoria do ministro Moro, no qual eles falam o seguinte: ‘Excelentíssimo senhor presidente, com os meus cordiais cumprimentos, de ordem informo a Vossa Excelência que o senhor ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, confirma sua participação em audiência pública nesta egrégia Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados em sessão conjunta, conforme sugerido, na data de 2 de julho de 2019, terça-feira que vem'”.
O ministro deveria ter comparecido à Câmara no último dia 26 para dar os esclarecimentos, mas cancelou a audiência porque estava nos Estados Unidos, o que revoltou o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Helder Salomão (PT -ES).
Bastidores da Lava Jato
“Alguns deputados e as próprias comissões estão buscando entender por que o ministro não compareceu. Ele deve explicações à sociedade brasileira. Ele precisa se explicar. Ele precisa explicar os bastidores da Lava Jato”, afirmou Salomão.
Em audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos na última semana, o fundador da página Intercept Brasil, o jornalista Glenn Greenwald, afirmou que houve “conluio” entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores que atuam na Lava Jato. Para ele, as mensagens vazadas apontam parcialidade nas decisões de Moro.
O ministro da Justiça e os procuradores da Lava Jato negaram irregularidade nas conversas e duvidaram do conteúdo das mensagens. O ministro afirmou que o conteúdo tem origem ilícita. (Com informações da Agência Câmara)