Michel Temer se diz injustiçado nas delações de Joesley Batista
Para o presidente, problemas no contexto da frase “vamos manter isso” atrapalhou momentaneamente sua relação com o Congresso
atualizado
Compartilhar notícia
Em entrevista à NBR, transmitida na manhã desta sexta-feira (4/5), Michel Temer (MDB) falou sobre a delação como o primeiro passo de um processo longo, passível de comprovação. “A delação deveria surgir depois de uma série de fatos que autorizasse comprovação de fatos”, disse.
Segundo o presidente, o delator, muitas vezes, quer se livrar de uma eventual penalidade. Numa referência à delação do executivo Joesley Batista, na qual foi citado, Temer acredita na criação de “maiores inverdades”. Ele avaliou este como o momento mais injusto do seu governo.
Temer voltou a negar a frase “vamos manter isso”, como resposta ao que foi colocado. “Colocou-se isso como se fosse definitiva.” “Aquilo atrapalhou momentaneamente a relação com o Congresso”, completou o presidente. Segundo ele, o Congresso votou a deliberar normalmente depois de perceber o contexto correto da frase.Questionado a respeito das suas críticas ao vazamento de informações ocorridas, com relação a processos em andamento na Polícia Federal, parecendo uma “intervenção” na PF, o presidente negou. “Pelo contrário. O que a PF não pode fazer é intervir por meio de vazamentos.” Segundo Temer, vazamentos não podem acontecer na PF e em nenhum outro setor onde processos são sigilosos.