Mentor econômico de Bolsonaro quer recriar imposto nos moldes da CPMF
Paulo Guedes falou sobre o pacote tributário que deve implementar caso o candidato seja eleito
atualizado
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O economista Paulo Guedes, nome para o Ministério da Fazenda caso Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito, anunciou na terça-feira (18/9), para uma plateia restrita, o pacote tributário que pretende implementar no governo. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. O tema dominou os comentários no Twitter durante a manhã.
Guedes quer recriar um imposto nos moldes da CPMF, que incide sobre movimentação financeira, pretende criar uma alíquota única do IR (Imposto de Renda) de 20% para pessoas físicas e jurídicas – e aplicar a mesma taxa na tributação da distribuição de lucros e dividendos.
Por outro lado, estuda eliminar a contribuição patronal para a previdência, que incide sobre a folha de salário —que tem a mesma alíquota, de 20%. As revelações foram feitas a um grupo reunido pela GPS Investimentos, especialista em gestão de grandes fortunas. O publicitário Roberto Justus era um dos convidados.
Guedes afirmou que está sendo auxiliado pelo economista Marcos Cintra – foi ele que o convenceu, por exemplo, a criar um imposto nos moldes da CPMF. Cintra confirma o teor das propostas e diz estar finalizando o projeto de reforma tributária. O novo imposto sobre movimentações financeiras se chamaria CP (Contribuição Previdenciária) e seria destinado a financiar o INSS.
Segundo ele, a equipe defende o modelo de capitalização para a Previdência. O atual, no entanto, seguiria existindo paralelamente. Para garantir a sua solvência, seria criada a contribuição.