Mensagens de ex-assessora indicaram esquema no gabinete de Flávio
O Ministério Público do Rio de Janeiro apreendeu o aparelho de Danielle Mendonça na Operação Intocáveis, que investigava milicianos no Rio
atualizado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro usou mensagens de celular de Danielle Mendonça, ex-assessora de gabinete de Flávio Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Legislativa, para ajudar a embasar a operação feita nessa quarta-feira (19/12/2019).
O órgão fez buscas a apreensão em endereços ligados ao ex-assessor de Flávio Fabrício Queiroz e à família Bolsonaro. As informações são do jornal O Globo.
O celular de Danielle foi apreendido na Operação Intocáveis, feita em julho deste ano, para investigar a atuação de milicianos na cidade. Danielle é ex-mulher de Adriano Nóbrega, apontado pela polícia como integrante do grupo de extermínio Escritório do Crime.
De acordo com o MP, em uma das mensagens Queiroz envia a Danielle o contracheque para que ela faça o imposto de renda. Para o órgão, esse seria uma indício de que a funcionária não frequentava o gabinete de Flávio.
Em outra comunicação, Danielle teria dito a uma amiga que estaria incomodada com a origem do dinheiro. A mulher foi exonerada em janeiro deste ano, após a publicação de reportagens sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações atípicas na conta de Queiroz.
O Ministério Público do Rio fez operação nessa quarta-feira, em endereços ligados a Fabrício Queiroz e a Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).