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Marun: Temer deve usar Páscoa para decidir sobre reforma ministerial

Segundo ministro, não há definição sobre substituto de Henrique Meirelles na Fazenda, pois partidos não são “donos” de cargos no governo

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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
MICHEL TEMER / POSSE CARLOS MARUN
1 de 1 MICHEL TEMER / POSSE CARLOS MARUN - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quarta-feira (28/3) que o presidente Michel Temer usará o feriado de Páscoa para tomar as decisões sobre a reforma ministerial. “Temer está fazendo as últimas avaliações para tomar decisões definitivas”, disse Marun, durante entrevista no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, “até agora, nenhuma decisão definitiva foi tomada”, pois “nenhum partido é dono de cargos no governo”. Mas Temer aceita sugestões, conforme declarou Marun.

Ao ser questionado sobre a indicação de Eduardo Guardia, secretário-executivo da Fazenda, para suceder o ministro Henrique Meirelles, Marun reiterou que não há nenhuma definição de nomes. O político ainda mencionou que outro dos nomes cotados para a sucessão de Meirelles, Dyogo Oliveira, só deixará o Ministério do Planejamento se ele mesmo desejar.

Marun disse que, apesar da troca de comando no Ministério da Fazenda, as equipes econômicas permanecerão no governo. O ministro também declarou que, neste momento, o governo não condiciona a permanência dos partidos à frente de ministérios a um apoio à candidatura do presidente à reeleição.

Deputado licenciado do MDB do Mato Grosso, Marun afirmou que abriu mão de disputar as eleições a pedido do presidente: “Sou um homem de palavra, permanecerei no governo, não disputarei as próximas eleições”. Ele confirmou que seu chefe de gabinete, Carlos Henrique Sobral, é um dos cotados com apoio do MDB para assumir o ministério do Turismo, entre outros nomes.

Celulares
Carlos Marun negou ter informações sobre o andamento da investigação solicitada à Polícia Federal a respeito do caso da clonagem dos telefones celulares dele, de Eliseu Padilha (Casa Civil) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social). Para Marun, “delinquentes” atuaram intencionalmente em telefones que são “quase públicos”, porque muitas pessoas se comunicam com os ministros. “É difícil que seja só coincidência”, afirmou.

Segundo Marun, um amigo dele chegou a atender a um pedido de remessa de dinheiro do criminoso que clonou o celular, transferindo-lhe R$ 3,8 mil.

Escalado pelo governo Temer para o embate público com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, responsável por inquérito contra Temer, Carlos Marun disse que não apresentará um pedido de impeachment do magistrado na próxima sessão do Congresso Nacional.

Caravana
Ainda segundo Marun, “não existe risco” à realização das eleições no país em outubro, mesmo depois da caravana de pré-campanha do ex-presidente Lula ter sido atingida por tiros no Paraná. “Repudiamos de forma absoluta o que aconteceu”, declarou.

De acordo com o ministro, o governo Michel Temer ofereceu ajuda da Polícia Federal para auxiliar nas investigações, mas ainda não obteve resposta do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

Conforme Marun destacou, o governo confia no trabalho das forças de segurança do Paraná e a PF poderá apenas colaborar.

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