Marielle: Rede e PSB pedem medidas urgentes para proteger provas
Líderes da oposição também anunciaram que vão solicitar à PGR que investigue o presidente Jair Bolsonaro por obstrução de Justiça
atualizado
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), líderes da oposição no Congresso, protocolaram no Rio de Janeiro um pedido para que “medidas urgentes” sejam tomadas para preservar os computadores e arquivos sobre visitas do Condomínio Vivendas da Barra, na capital fluminense, onde possuem casas o presidente Jair Bolsonaro (PSL), seu filho Carlos, e também Ronnie Lessa, um dos dois suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes em março de 2018.
Lessa, que está preso, foi visitado pelo ex-PM Élcio Queiroz (o outro suspeito, que também está preso) no dia do crime, 4 de março de 2018, no condomínio. Em depoimento à Polícia Civil do Rio, um dos porteiros do local indica que Queiroz teria interfonado para a residência do presidente – que estava em Brasília no dia – para conseguir a liberação da entrada no local.
Bolsonaro tem negado qualquer relação com os fatos e se diz vítima de perseguição política articulada pelo governador do RJ, Wilson Witzel (PSC).
O pedido foi protocolado no último sábado (02/11/2019) ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, após Bolsonaro afirmar ter “pegado” os áudios entre a portaria e as casas do residencial “para evitar adulteração” – depois, o presidente voltou atrás e disse que apenas registrou o material, sem obter os originais.
No requerimento, os políticos da oposição afirmam que as medidas têm o objetivo de resguardar as provas e garantir a realização de nova perícia no material – o que eles também pedem.
Também como parte da ofensiva frente ao comportamento de Bolsonaro no caso, Randolfe e Molon pretendem pedir nesta terça (05/11/2019) à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o presidente por possível obstrução de Justiça.