Major Olímpio chama Centrão de “pseudoaliados” de Bolsonaro
O senador criticou parlamentares do bloco, sobretudo do DEM, por votarem contra o governo na MP 870, que trata da reforma ministerial
atualizado
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O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (PSL-SP), chamou os parlamentares do Centrão, sobretudo do DEM, de “pseudoaliados” e “aliados de ocasião” do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O senador afirmou que o chefe do Executivo levou uma facada durante as eleições, mas atualmente “toma uma punhalada por dia” do bloco. Ele deu a declaração depois de se reunir, nesta terça-feira (21/05/2019), com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Você pode chamá-los [pseudoaliados] do Centrão. Eu não faço censura a partidos, mas sim às pessoas. Por exemplo, na MP 870 [que trata da reforma ministerial], me doeu ver uma votação para tirar o Coaf sendo encabeçada pelos parlamentares do DEM. Tem vários ministros e lideranças pró-governo que são do Democratas. Estamos coordenando politicamente o que?”, critica Olímpio.
De acordo com ele, “tem uma fila de candidatos à reeleição e de outros partidos que foram eleitos após apoiar Bolsonaro”. “Agora, vejo que querem promover um desmantelamento do Estado”, acrescenta.
Um dos líderes da marcha pró-Bolsonaro, prevista para o próximo domingo (26/05/2019), o senador afirma que foi uma decisão do PSL de não se envolver enquanto partido na convocação dos protestos. Entretanto, ele será “o primeiro a chegar na Avenida Paulista como cidadão”.
“Há segmentos do PSL que não querem participar do protesto e é mais que respeitável. Eu e outros parlamentares que estivermos lá não estaremos representando o partido, mas como cidadãos”, explica. E completa: “No domingo, não é para reclamar da punhalada, mas para convocar a população no combate à corrupção, no fortalecimento da segurança pública e no apoio ao pacote anticrime do ministro [da Justiça] Sergio Moro”.
Questionado sobre o teor da reunião com Guedes, o líder do PSL no Senado disse que conversaram sobre o PL 79, que trata sobre as telecomunicações e da “necessidade emergente” de treinamento e qualificação de trabalhadores do setor no Brasil. “Como evoluir e avançar para a tecnologia 5G e a necessidade de fazer isso rapidamente para gerar empregos e o fortalecimento da economia”, finaliza.