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Maior em 4 anos: Senado gasta R$ 933 mil em missões oficiais

Maior parte das despesas em 2019, R$ 877 mil foram para bancar viagens internacionais dos parlamentares

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Avião pousando
1 de 1 Avião pousando - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Para arcar com viagens nacionais e internacionais dos senadores em missões oficiais em 2019, o Senado desembolsou R$ 933,2 mil. É o maior valor dos últimos quatro anos, aponta levantamento do (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

O valor engloba passagens e seguros de viagem, que custearam os deslocamentos de 38 passageiros. Na série histórica atualizada, houve redução entre 2016 e 2017, caindo de R$ 810,5 mil para R$ 316,6 mil. A partir de então, contudo, os gastos cresceram para R$ 659 mil em 2018, até atingir o valor de 2019.

Foram 167 trechos – a maioria, 136, internacionais. Separados, os gastos foram de R$ 35 mil em trechos dentro do país e R$ 887 mil com os demais. Os seguros custaram, ao todo, R$ 11,1 mil.

Embora a classe econômica tenha sido a opção da maior parte dos senadores, 44 deles optaram por voos de executiva nas missões.

A viagem mais cara, ao custo de R$ 45,6 mil, foi feita por Wellington Fagundes (PR-MT), que ficou 10 dias em Cingapura. Segundo a justificativa, ele fez uma “visita técnica ao Porto de C1ingapura e de reuniões com autoridades daquele país para debater políticas de regulação da atividade portuária”.

No ranking por gastos de senadores, a dianteira fica com Antonio Anastasia (PSDB-MG), cujas viagens em missões oficiais custaram R$ 98,5 mil. Logo após, aparece Jaques Wagner (PT-BA), com gastos de R$ 96,49 mil. Nelsinho Trad (PSD-MS) completa o pódio, com viagens somando R$ 52,68 mil.

Os dados consideram itinerários listados nos portais de Transparência dos senadores e também nas despesas pagas da Casa, quando o pagamento foi feito por ressarcimento aos parlamentares.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não gastou com missões oficiais pela Casa – a assessoria dele afirma que não receber diárias é “a conduta que ele adotou para todas as viagens oficiais”.

Se não gerou despesas aos cofres do Senado, no entanto, ele fez 56 viagens, em 2019, em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Entre os destinos internacionais, por exemplo, estão viagens para Orlando e Nova Iorque (EUA), Madri (Espanha), Ilha do Sal (Cabo Verde) e Fort-de-France (França).

Estas são apenas as que aparecem com Alcolumbre como titular, e não como passageiro. Em 2019, ele foi à canonização da Irmã Dulce, no Vaticano, como parte da comitiva do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), que chefiou a delegação brasileira.

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