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Maia condena ataque a cartaz antirracismo: “Muito grave”

Presidente da Câmara diz que ato contra exposição sobre a Consciência Negra marca negativamente a casa. Coronel Tadeu (PSL) não se arrepende

atualizado

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Rodrigo Maia e Coronel Tadeu
1 de 1 Rodrigo Maia e Coronel Tadeu - Foto: Igo estrela/Metrópoles

Após ser intensamente cobrado por colegas deputados, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), condenou o ato do parlamentar do PSL que quebrou uma placa de uma exposição sobre a consciência negra no Congresso. Sentado na cadeira da presidência da Casa e tendo a seu lado o autor do ato, o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), Maia defendeu o diálogo como forma de resolver problemas. “É muito grave”, disparou. “Em uma democracia, em um país livre, não é porque divergimos da outra pessoas que devemos agredi-la ou retirar de forma violenta uma peça de exposição”, disse ele nesta terça-feira (19/11/2019).

“Hoje foi contra a Consciência Negra. Amanhã pode ser contra aqueles que estão rindo aqui”, complementou o parlamentar, referindo-se aos colegas que haviam apoiado a atitude do Coronel Tadeu. “Hoje não é um dia que marca de forma positiva a nossa casa, muito pelo contrário”, completou.

O presidente da Câmara disse que o cartaz da polêmica “pode inclusive ser injusto com parte da polícia, mas poderíamos ter resolvido isso de outra forma, com diálogo. Espero que um ato como esse não se repita”, completou Maia, sem olhar para o lado do parlamentar do PSL.

O cartaz quebrado tinha um desenho do cartunista Carlos Latuff mostrando um jovem negro no chão, usando uma camiseta com as cores do Brasil, enquanto um policial se afasta, com a arma fumegante. Embaixo da imagem havia uma texto com o título “O genocídio da população negra”.

Resposta
Tadeu, que estava sentado na Mesa Diretora e havia ignorado protestos de deputados, pediu a palavra para responder a Maia.

Ele negou ser racista. “Eu tenho muitos amigos negros”, chegou a dizer, na tribuna. “Mas infelizmente, no meu trajeto, me deparei com um cartaz ofensivo à corporação a que eu pertenci por 30 anos, socorrendo os mais necessitados, a Polícia Militar. Naquele momento eu vi a primeira agressão sendo feita”, discursou.

“Talvez não tivesse sido nesse momento a maneira correta de tratar a questão”, avaliou. “Mas retirei [a placa] em nome de 600 mil profissionais de segurança que socorrem vocês todos os dias. Os policiais não são executores”, disse ainda.

Após o discurso, em conversa com a imprensa, ele disse que não se arrepende do ato de vandalismo contra a exposição. “Quem sabe a forma não foi tão acertada, mas a medida foi correta”, afirmou.

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