Líderes da Câmara esperam 2º turno sem surpresas na votação da reforma
Expectativa que é votação seja concluída esta semana, sem alterações no que foi aprovado em primeiro turno
atualizado
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Líderes da Câmara acreditam que a Casa deve finalizar esta semana a votação do segundo turno da reforma da Previdência, sem alterações ao que foi votado no primeiro turno e dentro do cronograma previsto pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), está confiante de que seu partido irá entregar o mesmo número de votos a favor da reforma que apresentou no primeiro turno, ou seja, os 34 que representam a totalidade da bancada da legenda. “Estou confiante Não houve mudanças. No MDB, vamos manter os 100%”, disse ao Estadão.
Havia um temor de que deputados pudessem sofrer influência de suas bases parlamentares durante o recesso e mudar de ideia em relação à proposta nos últimos dias. Os deputados fizeram um recesso branco nos trabalhos após a votação da primeira fase da reforma entre os dias 17 de julho e a semana passada.
Maia agendou oito sessões entre terça e quinta-feira para que o segundo turno possa ser concluído. Baleia Rossi acredita que a votação possa começar amanhã à noite e ser concluída na quarta-feira (07/08/2019).
O líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), também acredita que a votação deva acontecer sem surpresas em relação aos votos registrados no primeiro turno.
A reforma da Previdência foi aprovada em primeiro turno pela Câmara em 10 de julho com 379 votos a favor e 131 contra. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, ela precisa ser votada em dois turnos tanto na Câmara quanto no Senado.
Nesta segunda etapa, os deputados não poderão fazer grandes mudanças. Agora, eles podem apenas apresentar destaques para suprimir trechos da proposta.
Ainda assim, o governo está preocupado com eventuais modificações e quer garantir que os partidos aliados e os de centro não irão apresentar pedidos neste sentido.
Já a oposição promete apresentar destaques supressivos. O governo terá que garantir 308 votos, dos 513 deputados, para derrubá-los.