Justiça: advogado pede interdição de Bolsonaro por “insanidade mental”
Para ele, o presidente foi para a reserva do Exército “por desequilíbrio mental’ há mais de 30 anos e “parece não estar curado”
atualizado
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O advogado cearense Antonio Carlos Fernandes, de 69 anos, entrou com uma ação popular na Justiça Federal pedindo a interdição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), por desequilíbrio mental. Para ele, o chefe do Executivo “demonstra a cada dia, de forma notória, não possuir o necessário discernimento e equilíbrio mental para os atos da vida política imposta pelo alto cargo que ocupa”. A informação é de O Povo.
Antônio é um velho conhecido do Palácio do Planalto. Foi ele o responsável por derrubar um decreto do então presidente Michel Temer (MDB) contra desmatamento na Amazônia, em agosto de 2017. Dessa vez, mudou o alvo, garantindo que Bolsonaro foi para a reserva do do Exército “por insanidade mental há mais de 30 anos e parece não estar curado”.
A ação popular foi protocolada na 21ª Vara Federal Cível do Distrito Federal. “Todos os dias praticamente, desde o início do governo, ele assusta a nação e afronta a Constituição que jurou cumprir com declarações que transitam da escatologia à sandice e passando pela irresponsabilidade”, descreve o cearense.
Ele pede ao juiz, “pelo bem comum da nação brasileira”, que interdite “o atual presidente da República e “determine a produção de prova pericial nomeando uma equipe de expertos para atestar ou não a sanidade mental” de Bolsonaro.
O advogado cita exemplos de ataques à Constituição Federal. “Não respeita [a Constituição] atacando minorias; expressando seus preconceitos de origem em relação aos nordestinos; de raça e etnia, quando ataca quilombolas e índios; de cor quando afirma que um filho seu não casaria com uma negra; declarando ainda homofobia e misoginia em várias de suas falas”, escreveu.