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Joesley Batista se cala em sessão conjunta de CPIs no Senado

O empresário foi convocado pela CPMI da JBS e pela CPI do BNDES, mas entrou no plenário e optou pelo silêncio

atualizado

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Joesley CPMI
1 de 1 Joesley CPMI - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A CPMI da JBS e a CPI do BNDES recebeu, nesta terça-feira (28/11), Joesley Batista. O depoimento de um dos donos da JBS na sessão conjunta das duas comissões parlamentares de inquérito era um dos mais aguardados, no entanto, assim como o irmão Wesley e demais funcionários da empresa, ele optou por permanecer em silêncio.

Joesley Batista chegou ao Senado por volta das 8h10 escoltado pela Polícia Federal. Da porta para dentro, a vigilância passou a ser da polícia legislativa. O empresário ficou aguardando em uma sala no fundo do Plenário 2 da Casa. Eram 9h44 quando foi aberta a sessão.

De paletó e camisa social, sem gravata, o executivo da JBS entrou às 9h48 no plenário. Acompanhado do advogado Ticiano Figueiredo, sentado ao seu lado à mesa, Joesley ouviu o presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), iniciar a sessão com um “resumo” de uma hora sobre os trabalhos da comissão e os pecados da JBS.

Em seguida, o defensor de Joesley pediu a palavra e disse apenas que a orientação a seu cliente é que ele permanecesse calado. Mesmo assim, os parlamentares insistiram em questionar o executivo. O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a atacar diretamente o depoente.”O senhor é um mafiosinho de terceira categoria, não é tão bandido quanto aparenta ser”, disparou. Em resposta, as únicas palavras do empresário foram: “bom dia, vou permanecer em silêncio”.

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Joesley e o seu advogado, Ticiano Figueiredo, durante a sessão conjunta da CPMI da JBS e da CPI do BNDES
Joesley conversa com seu advogado durante a sessão no Plenário 2 do Senado Federal
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Deputado Carlos Marun (PMDB-MS) cumprimenta Josley Batista observado pelo presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO)

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Joesley e o seu advogado, Ticiano Figueiredo, durante a sessão conjunta da CPMI da JBS e da CPI do BNDES

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Joesley conversa com seu advogado durante a sessão no Plenário 2 do Senado Federal

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A defesa do empresário tentou, na semana passada, sem sucesso, cancelar o depoimento de Joesley ao colegiado. No pedido, os advogados afirmaram que ele usaria o direito ao silêncio e, portanto, não responderá aos questionamentos feitos pelos parlamentares.

A comissão
A CPMI da JBS saiu do papel no início de setembro, depois que Rodrigo Janot passou a investigar a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Formalmente, a comissão tem o objetivo de investigar os contratos da JBS com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o acordo de delação premiada firmado entre os Batista e o Ministério Publico Federal.

No entanto, deputados governistas estariam tentando usar a CPMI para desvalorizar as acusações apresentadas por Wesley e Joesley contra políticos da base aliada, entre eles, o próprio presidente Michel Temer.

Ainda nesta semana, há outros dois depoimentos agendados. Nesta quarta-feira (29), a comissão recebe o ex-procurador da República Marcello Miller. Ele será outro a não trazer informações durante a oitiva. Isso porque, na semana passada, o ministro do Superior Tribunal Federal autorizou Miller a permanecer em silêncio quando as perguntas puderem incriminar o investigado.

Nesta quinta (30), o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran será ouvido por vídeo conferência.

 

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