Janaína Paschoal defende que operador do PSDB “fale tudo o que sabe”
Paulo Preto estava em recolhimento domiciliar integral e monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica desde setembro do ano passado
atualizado
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A deputada estadual eleita com dois milhões de votos – recorde em todo o País – Janaína Paschoal (PSL-SP) afirmou neste domingo (24/2) em seu Twitter que “o povo paulista” quer o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado pela Operação Lava Jato como operador do PSDB, “siga preso e que fale tudo o que sabe”. Vieira de Souza foi capturado pela Polícia Federal na terça-feira (19/2) na Operação Ad Infinitum, 60.ª fase da Lava Jato.
“O povo paulista quer que Paulo Preto siga preso e que fale tudo o que sabe! Se alguém soltar Paulo Preto, estará desrespeitando São Paulo! Estamos cansados! Vocês não podem imaginar!”, escreveu em sua conta na rede social.
Antes de ser pego pela Lava Jato do Paraná, o operador do PSDB estava em recolhimento domiciliar integral e monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica desde setembro do ano passado. A decisão havia sido tomada pelos ministros da Segunda Turma do Supremo após a prisão de Paulo Vieira de Souza pela Lava Jato de São Paulo.
O ex-diretor da Dersa já havia sido preso duas vezes pela Lava Jato em São Paulo no ano passado.
Ele é réu de duas ações penais da Lava Jato em São Paulo, uma sobre supostos desvios de R$ 7,7 milhões que deveriam ser aplicados na indenização de moradores impactados pelas obras do Rodoanel Sul e da ampliação da avenida Jacu Pêssego e outra sobre cartel em obras viárias do Estado e do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Metropolitano.
No dia 13 de fevereiro, o ministro do Supremo Gilmar Mendes atendeu a um pedido da defesa de Vieira de Souza e adiou o fim do processo sobre os desvios de R$ 7,7 milhões – o que pode resultar em prescrição.
Na terça (19), Vieira de Souza foi capturado mais uma vez, agora por suspeita de lavagem de dinheiro.
O povo paulista quer que Paulo Preto siga preso e que fale tudo o que sabe! Se alguém soltar Paulo Preto, estará desrespeitando São Paulo! Estamos cansados! Vocês não podem imaginar!
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) 24 de fevereiro de 2019
A juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, afirmou que a ordem de prisão foi decretada com base em provas e indícios do envolvimento de Vieira de Souza com os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados ao setor de propinas da Odebrecht e que, por isso, “foge ao alcance” das decisões de Gilmar, que mandou soltar duas vezes o investigado após prisões em processos abertos em São Paulo, relacionados a desvios nas obras do Rodoanel, empreendimento de governos do PSDB em São Paulo.
“O presente caso, respeitosamente, foge ao alcance das decisões do Eminente Ministro”, escreveu a juíza, no despacho que desencadeou a Operação Ad Infinitum.