metropoles.com

INSS: governo e oposição fazem acordo e MP Antifraude será votada

No entanto, quórum para a votação não significa que a Medida Provisória 871 será aprovada pelo Senado Federal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Assessoria do deputado Randolfe Rodrigues
Reunião-líderes-Câmara
1 de 1 Reunião-líderes-Câmara - Foto: Assessoria do deputado Randolfe Rodrigues

Depois de todo o trabalho do governo federal em convocar os senadores para uma sessão extraordinária nesta segunda-feira (03/06/2015), o quórum no plenário da Casa às 17h chegou a 41 parlamentares. Assim, já é possível ao Senado Federal colocar em votação a Medida Provisória 871 (MP 871), que pretende fazer um pente-fino nos benefícios previdenciários e assistenciais, conhecida como MP Antifraude do INSS (em referência ao Instituto Nacional do Seguro Social).

Durante todo o fim de semana, o Palácio do Planalto e líderes de partidos ligados ao governo fizeram uma força-tarefa para convencer os parlamentares a participar da sessão desta segunda. Isso porque, para que a votação seja realizada, é preciso no mínimo 41 dos 81 senadores no plenário.

Até o início da tarde, partidos como o MDB, que, em tese, apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), teriam tentando segurar a votação. Emedebistas andam chateados com o Planalto, que não tem recebido seus parlamentares, nem negociado de forma clara e constante com eles. O partido quer ser “melhor tratado pelo governo”, disse um senador ao Metrópoles.

Construção do acordo
No fim da tarde, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PSB-DF) se reuniram com o líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), e com o secretário de Previdência, Rogério Marinho, para construir um acordo sobre a votação da MP 871.

Os parlamentares pediram a ampliação no período de transição para os empregados rurais se adequarem às novas exigências no texto da reforma da Previdência, que será incluída pelo relator futuramente. Assim, o prazo sairá de um ano, como dizia o texto original, para cinco. O governo federal acatou o pedido para que a Medida Provisória 871 não caducasse. Se a MP não for votada até a meia-noite desta segunda-feira, ela perderá a validade.

No entanto, chegar ao quórum não significa necessariamente uma vitória do governo durante a votação. A oposição se comprometeu a não obstruir a sessão, mas não a aprovar a medida provisória. Vale lembrar ainda que o PT não participou da reunião que chegou ao acordo.

O acordo
Após se reunirem com o secretário especial de Previdência, senadores governistas e que se intitulam independentes no Senado fecharam um acordo para tentar aprovar nesta segunda (03/06/2019) a MP que combate fraudes em benefícios previdenciários.

De um lado, os independentes se comprometeram a não apresentar nenhuma forma de obstrução ou pedido de votação nominal da proposta no plenário do Senado. Do outro, o governo se comprometeu, no texto da reforma da Previdência, a acatar uma proposta apresentada pelo senador Alessandro Vieira (Rede-RS), estabelecendo um prazo de cinco anos, uma convalidação dos dados de cadastro por meio de uma espécie de gatilho.

“Depois de um amplo diálogo, com a presença do secretário [especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia] Rogério Marinho, chegamos a um bom entendimento que vai dar o quórum, que vai dar a presença, e que vai facilitar a votação e aprovação da [MP] 871”, disse o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE). Se não for votada nesta segunda-feira, a medida perderá a validade.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que não haverá, por parte dos integrantes do bloco independente, ações de obstrução. A ideia do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, é realizar a votação de forma simbólica.

“Nós compreendemos que o prazo, seja de um ano, seja de cinco anos, para a transição para o cadastro nacional é insuficiente para um sistema que tem quase 98% de trabalhadores rurais e de pescadores ainda sendo convalidados por sindicado”, disse Randolfe. “Se, ao longo de cinco anos, não for viabilizado o cadastramento de pelo menos 50% de trabalhadores rurais e pescadores, o prazo será renovado, até ter um prazo exequível de ser atingido”, acrescentou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?