Impasse em torno de contribuição extra de servidor atrasa Previdência
Marcelo Ramos afirmou que o relator Samuel Moreira, pode fazer novos ajustes no texto apresentado na terça-feira
atualizado
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Impasse em torno da possibilidade de cobrança de contribuição previdenciária extraordinária trava as negociações da reforma da Previdência. O assunto foi discutido em reunião nesta quarta-feira (03/07/2019), na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com líderes dos partidos.
A Comissão Especial da Câmara se reúne na tarde desta quarta para decidir quando vai votar o relatório da reforma e a questão da contribuição extra pode atrasar essa definição.
Os líderes cobram a retirada desse dispositivo da nova versão do parecer da reforma. A regra permite a governadores e prefeitos criarem contribuições previdenciárias extraordinárias para diminuir o déficit nos sistemas de aposentadorias de seus servidores.
A retomada dessa possibilidade, prevista na proposta original do governo, foi considerada uma quebra do acordo que foi feito com as lideranças prevendo a exclusão de todos os itens do texto que vinculem as mudanças da reforma aos Estados e municípios até que fosse fechada a negociação com governadores para apoiar a votação com votos concretos no plenário da Câmara.
Nesta terça-feira (02/07/2019), o acordo pela entrada dos Estados no texto fracassou mais uma vez. Apesar das tentativas do presidente da Câmara de fechar a negociação, a possibilidade de um acordo é considerada remota. A inclusão no texto da possibilidade da cobrança adicional só piorou o clima.
Fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast informaram que a cobrança da alíquota extra deverá ser retirada ainda nesta quarta do parecer. Parlamentares da comissão especial da reforma relataram que esse é um dos principais pontos de discordância.
Nesta manhã, o presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que é possível que o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), faça novos ajustes no seu texto que foi apresentado na terça. “Há uma demanda para que se retire referências a Estados e Municípios do texto. Há possibilidade de novos ajustes”, disse ao chegar para reunião com coordenadores de bancadas.