Heleno rebate Carlos: “A quem tenho subordinação é ao presidente”
O ministro afirmou que entrada de cocaína na Espanha ocorreu por uma “falha” e “irresponsabilidade” das Forças Armadas, e não do GSI
atualizado
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O ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI), general Augusto Heleno, rebateu nesta sexta-feira (05/07/2019) as críticas do vereador carioca e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), e afirmou que o GSI não pode ser responsabilizado pela falha no caso da cocaína encontrada no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na Espanha. Segundo o militar, ele não deve respostas a Carlos, e, sim, ao chefe do Executivo.
“A quem eu tenho subordinação direta é ao presidente. Bolsonaro foi muito claro em dizer: ‘Tenho absoluta confiança no GSI’. Essa é a manifestação que eu escuto”, declarou Heleno.
O ministro sustentou que, embora o órgão tenha passado por diferentes reformulações ao longa de sua história, nunca houve erros na segurança presidencial. “A segurança é quase perfeita”, completou.
Em relação ao caso dos 39 kg de cocaína encontrados em um avião da FAB que integrava a equipe da comitiva de Bolsonaro, Heleno pontuou que o GSI não é o responsável pelo controle de aeronaves que não sejam diretamente ligadas ao presidente. “O GSI não é o responsável por esse material que entra, que não vai para a aeronave do presidente. A do presidente e a do vice são inspecionadas rigorosamente. Nas outras, a segurança não é tratada como prioritária, pode acontecer”, disse.
“Não dá para confiar”
Para o ministro, o caso foi um aviso de que a segurança nas viagens precisa ser fiscalizada. “Foi um alerta, não dá para confiar, tem de fiscalizar”, pontuou. Ele explicou que o avião no qual o soldado estava chega antes do presidencial, para que a segurança esteja reforçada no momento do desembarque do presidente. Dessa forma, não há revista rigorosa dos soldados e o detector de metais, geralmente, fica desligado.
“Foi uma irresponsabilidade. Não estou querendo justificar o que aconteceu, a FAB já considera que foi uma falha e vão aprimorar essa vigilância. Foi irresponsabilidade”, frisou o ministro.