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Hasselmann: “Estamos de bandeira branca levantada e portas abertas”

Líder do governo no Congresso diz negociar com base e oposição para “sanar ruídos” e garantir votos para aprovação da reforma da Previdência

atualizado

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Assessoria da deputada Joice Hasselmann/Divulgação
entrevista Joice Hasselmann
1 de 1 entrevista Joice Hasselmann - Foto: Assessoria da deputada Joice Hasselmann/Divulgação

A líder do governo do Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), contemporizou a falta de articulação da gestão Bolsonaro na Câmara. Segundo ela, todos os integrantes do governo estão empenhados em receber presidentes e líderes partidários, com o objetivo de fazer tramitar de forma célere a reforma da Previdência na Casas.

“Nós vamos ouvir todos os líderes partidários, presidentes de partidos e líderes das bancadas. A oposição também. Eu já conversei com alguns presidentes, quatro hoje. Tenho buscado interlocução com a oposição”, afirmou a deputada, que passará o fim de semana se dedicando à tarefa de reverter a indisposição dos parlamentares em relação ao Planalto.

Lembrem-se que a reforma do Fernando Henrique Cardoso não aconteceu por um único voto. Não vamos cometer o erro de dispensar voto de ninguém, inclusive da oposição. Eu já disse, até para mostrar que estamos com a bandeira branca levantada e com as portas abertas

Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso

A postura marca uma mudança de estratégia do governo federal, que, inicialmente, privilegiou o diálogo com as bancadas temáticas em detrimento das negociações com os partidos, sob o pretexto de não fazer o chamado toma lá dá cá.

Somadas a todos os atropelos de ministros e de familiares do presidente Jair Bolsonaro, a falta de diálogo com as bancadas partidárias não permitiu a conquista de aliados. Hoje, o governo reconhece não ter uma base organizada.

Joice disse esperar que na próxima semana haja um ambiente bem melhor na Câmara. “Eu tenho conversado com todos os ministros e eles estão abrindo as portas para os parlamentares, esta semana mesmo alguns ministros cancelaram agendas de terça e quarta para receber parlamentares”, detalhou a deputada. “Então, tudo está sendo construído. Lembrem-se que estamos no terceiro mês de governo. Não nos cobre um resultado de quatro anos de governo no terceiro mês”, minimizou.

“Ruídos”
A deputada disse ainda que é necessário “sanar ruídos”, referindo-se às rusgas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonizadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e pelo filho vereador do presidente, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), por meio das redes sociais.

“Precisamos sanar um ruído ou outro que está aparecendo no meio do caminho. O início deste processo de composição, de formação de base, de fato é um pouquinho mais espinhoso, mas tem bombeiros aqui para tentar apagar o fogo”, afirmou. Além dela, o time de “bombeiros” contaria com o ministro da Casa Civil, Onyx (Onyx Lorenzoni, e da secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz. “A gente está tentando aí fazer com que o caminho seja o mais suave possível”, observou a líder no Congresso.

A parlamentar evitou, no entanto, comentar as postagens de Carlos Bolsonaro e considerá-las como parte dos “ruídos” aos quais se referia. “Sobre as postagem do filho do presidente eu não falo e ponto final”, disse aos jornalistas. “A líder não tem função de cometar tuíte de filho de presidente. Estou comentando coisas que envolvem o governo e integrantes do governo”, insistiu Joice.

Segundo destacou, “as crises pontuais são naturais em qualquer governo, seja de qualquer partido, em qualquer momento”. A deputada afirmou desconhecer pacificação absoluta, “em que ninguém discorde de ninguém, a não ser que seja em governo que não é democrático”.

Coordenação política
Durante a entrevista, a líder elogiou tanto Onyx Lorenzoni quanto Rodrigo Maia – dois personagens importantes para que a proposta da reforma da Previdência tenha andamento no Congresso Nacional. De acordo com a deputada, o ministro da Casa Civil “é um pacificador” e está dedicado a sanar ruídos entre Legislativo e Executivo federais.

“Eu preciso deixar muito claro aqui e já me posicionei publicamente que o Rodrigo Maia é presidente da Câmara dos Deputados e tem sido o maior aliado na luta pela aprovação da nova Previdência”, destacou. Maia declarou que defende a reforma mas não é seu papel, como presidente da Câmara, trabalhar para articular a base do governo em torno a votação da proposta.

Afirmando que tal papel será assumido pelos líderes e pelo ministro da Casa Civil, a líder minimizou as declarações do presidente da Câmara. “Ele é uma das peças mais importantes neste processo. Eu estou conversando com ele e o processo de construção do diálogo. Estamos pacificando”, declarou.

“Quem lidera a articulação política pela reforma no âmbito do Executivo é o ministro Onyx e alguns braços dele, com esta que vos fala. Rodrigo Maia é um entusiasta da nova Previdência. Nós estamos conversando e vamos alinhar todos estes processos”, encerrou.

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