Haddad para Ciro: “Presidente forte tem que ter autocontrole”
Antes, o pedetista alfinetou: “O Brasil não suporta um governante fraco, que precise consultar seu mentor”
atualizado
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A disputa travada pela vice-liderança nas pesquisas tem provocado uma série de ataques diretos e indiretos entre Ciro Gomes, postulante do PDT, e Fernando Haddad, candidato do PT. Para garantir espaço no segundo turno na corrida pelo Palácio do Planalto, o pedetista atacou o ex-prefeito de São Paulo na última segunda-feira (17/9). “O Brasil não suporta um presidente fraco, que tenha que consultar seu mentor”, disparou.
Haddad, ao cumprir agenda em São Mateus, zona leste de São Paulo, retrucou a provocação nesta quarta-feira (19/9). Ao se referir à personalidade de Ciro, o petista defendeu que presidente forte tem de ter, além de firmeza, autocontrole.
“O Ciro é meu amigo, nós pertencemos ao mesmo campo, mas, às vezes, nós temos conceitos diferentes. Força de um presidente, para mim, se dá por duas questões. A primeira é firmeza e a segunda, autocontrole”, respondeu Haddad.
“Tem de ter as duas qualidades para presidir o país. Firmeza de propostas e muito autocontrole, para evitar provocação. Sou uma pessoa firme e controlada porque sei dos desafios que estão pela frente”, disse o petista.
“Nem a pau”
Mais cedo, em entrevista à CBN, Ciro descartou a hipótese de dar apoio a Haddad no segundo turno. Na terça (18), em entrevista ao mesmo veículo, o ex-prefeito de São Paulo disse acreditar que teria o pedetista como aliado caso fosse enfrentar o postulante do PSL, Jair Bolsonaro, primeiro lugar nas pesquisas, até agora.
“Nem a pau, Juvenal. Não cedo a instituto de pesquisa a minha responsabilidade com o meu país”, ressaltou Ciro. Para o pedetista, a declaração de Haddad demosntra sua “inexperiência e arrogância” diante dos números da pesquisa Ibope divulgada na terça (18).
Com base na consulta, Haddad aparece com 18% das intenções de voto, ou seja, em segundo lugar na disputa, atrás apenas de Jair Bolsonaro (PSL), com 28% das intenções de voto. Tecnicamente empatados na terceira posição, aparecem Ciro Gomes (PDT) com 11%; Geraldo Alckmin (PSDB), 7%; e Marina Silva (Rede), 6%.