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Haddad afaga Ciro e diz que Lula estará no 2º turno

O ex prefeito de São Paulo e a ex candidata Manuela D’ávila irão percorrer o país em campanha presidencial para Lula

atualizado

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Fernando Haddad e Manuela D’ávila
1 de 1 Fernando Haddad e Manuela D’ávila - Foto: Reprodução/Twitter

Em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (8/8) o ex-prefeito Fernando Haddad, que ao lado de Manuela D’Ávila (PCdoB) integra como vice a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, afagou o candidato do PDT, Ciro Gomes, negando a existência de alguma rusga entre suas campanhas, principalmente após o pedetista ter sido escanteado no acordo que o PT celebrou com o PSB nessa corrida ao Palácio do Planalto.

“Somos amigos do Ciro e estaremos juntos no segundo turno para vencer o governo do PSDB e do Temer, Ciro está do nosso lado”, disse Haddad, afirmando que se relaciona muito bem com a classe política, que está muito honrado em integrar como um dos vices a chapa petista.

Além disso, Haddad disse ter certeza de que Lula estará no segundo turno dessas eleições. “Isso, se não ganhar já no primeiro turno”, emendou.

O ex-prefeito falou ao programa de Geraldo Freire por cerca de vinte minutos, expondo os principais pontos do programa de governo do PT para essas eleições presidenciais.

“A determinação do Lula é que a gente percorra o país, levando sua mensagem e o programa de governo. Lula quer que o povo saiba o que será seu terceiro mandato”, destacou.

Indagado se está confiante no sucesso da campanha petista neste pleito, depois de amargar a derrota para a Prefeitura de São Paulo, em 2016, Haddad justificou que houve muitas mentiras naquela ocasião e o candidato que ganhou (o tucano João Doria) é atualmente um dos campeões em rejeição.

“Muita coisa mudou de lá pra cá”, disse, destacando que hoje o Nordeste está fechado com Lula e PT, “ainda mais com reforço da Manuela (D’Ávila, do PCdoB, a outra vice na chapa petista)”.

Segundo o ex-prefeito de São Paulo, é preciso levar ao povo a esperança de que haverá trabalho, emprego e educação.

Ele disse que “os rumos do país hoje, administrados pelo presidente Michel Temer, com a ajuda do PSDB, estão totalmente equivocados”. “O povo sabe que estamos no rumo errado, temos de resgatar o rumo do emprego, da educação. Hoje o projeto do Temer e do PSDB é o maior problema do país.”

“O Brasil já viveu esse tempo (durante o governo Lula), não estamos vendendo ilusão. O projeto que está em curso não deu certo, precisamos impedir o desmonte do Brasil. O que vai mover a roda da economia é o aumento do consumo das famílias.”

Indagado sobre o projeto do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, de militarizar as escolas, Haddad disse que não se pode achar que só militar é quem demanda respeito. “Não se pode usar a força para se fazer respeitar. Temos de recompor as bases da comunidade escolar”, emendou.

No final da entrevista, Fernando Haddad, que também é o coordenador do programa de governo do PT, defendeu que os regimes próprios de previdência nos estados precisam ser ajustados. “É preciso pactuar as reformas sem sacrificar os mais pobres e sem perder os direitos. Lula e Dilma (ex-presidente Dilma Rousseff) já fizeram isso.”

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