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Grupo de Maia contabiliza 300 votos na briga pelo comando da Câmara

Mesmo com a rejeição dos partidos do centrão ao apoio do PSL, aliados apostam em convergência na reta final

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Daniel Ferreira / Metrópoles
Políticos e autoridades acompanham sessão solene em homenagem à Constituição
1 de 1 Políticos e autoridades acompanham sessão solene em homenagem à Constituição - Foto: Daniel Ferreira / Metrópoles

A soma dos votos dos partidos que já declararam oficialmente apoio à reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou, na última quinta-feira (4/1), a 153. Alguns de seus articuladores, no entanto, acreditam terem conquistado um número mais alto, nada menos que o dobro disso. “Algo entre 300 e 315 votos”, destaca um dos deputados que, nesta semana, esteve ao lado de Maia em diversas reuniões para angariar apoio ao pleito do deputado.

Pelo regimento interno da Câmara, para ser eleito presidente da Casa em primeiro turno o candidato deve ter a maioria absoluta dos votos, ou seja, a metade mais um voto de todos os 513 deputados. Nesse caso, 257.

O principal suporte recebido por Maia nesta semana veio do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro. Com a segunda maior bancada da Câmara, de 52 parlamentares, a candidatura ganhou musculatura. Como contrapartida, o PSL deve garantir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Essa montagem favorece, de um lado, os pleitos do superministro da Economia, Paulo Guedes, que pretende encaminhar diversas reformas econômicas ao Congresso e depende da aprovação delas na comissão. Sérgio Moro, na Justiça e Segurança Pública, também pode lucrar do arranjo para fazer avançar a pauta de segurança que pretende enviar ao Congresso.

Nesta mesma semana, o PSD e seus 34 deputados, e o PRB, com 30, também fecharam apoio ao democrata. Na esteira, o nanico PPS, com apenas oito deputados, igualmente somou esforços, em uma espécie de reedição da parceria que montaram com o DEM desde as eleições de 2010, quando estiveram, junto ao PSDB, na oposição ao PT.

Mesmo sem uma decisão formal, o PSDB deve caminhar junto ao democrata. Tanto o líder do partido na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT), quanto o governador de São Paulo, João Doria, defenderam uma aliança. Caso fechem o apoio sinalizado, e contando que não haja dissidências, Maia poderá contar com 182 votos.

Lógica
O atual senador e deputado eleito José Medeiros (Pode-MT) afirmou que a bancada de 11 deputados do seu partido está à espera da definição da deputada Renata Abreu (Pode-SP), que já manifestou interesse em ser candidata. “Caso ela não saia, certamente estaremos com Maia”, disse. Seriam, então, 193 votos. O Novo, com seus oito deputados, elevaria para 201.

O restante do apoio viria ou de novos acordos ou de dissidências dentro do chamado “centrão”. No início da campanha de Rodrigo Maia para a reeleição, um dos principais apoiadores do democrata era o PP.

O líder do partido, deputado Arthur Lira (AL), porém, mudou de ideia. Alegando, sem entrar em detalhes, que os acordos iniciais não estavam sendo cumpridos, ele agora ameaça lançar uma nova candidatura com os partidos de centro. Além do PP, PR, PTB, PSC, PTB e Solidariedade – que somam 101 votos – ainda não oficializaram apoios.

“Estamos montando uma frente para lançar o nosso próprio candidato”, disse. Lira alega que a decisão de não apoiar Maia foi tomada antes da declaração de apoio do PSL e da promessa de entregar comissões importantes aos pesselistas.

Articuladores de Maia, porém, avaliam que a ascensão do partido de Jair Bolsonaro ao posto de principal fiador da candidatura do democrata – e consequentemente maior beneficiário em uma eventual administração – foi o estopim para a perda de apoio de setores do centrão.

Ainda assim, eles acreditam que há uma tendência para a convergência de muitos desses parlamentares para o campo do deputado carioca.

Esquerda
Se na sua primeira candidatura ao cargo de presidente da Câmara, Maia conseguiu atrair apoio, mesmo que velado, do PT, PCdoB e outras legendas de esquerda, neste pleito as chances estão menores. Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, por exemplo, disse que se recusa a apoiar um candidato que represente o governo Jair Bolsonaro. “Não há a menor hipótese”, destacou.

Marcelo Freixo, deputado federal eleito pelo PSol, lançou a sua candidatura ao cargo na esperança de atrair o apoio dos partidos de esquerda. O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), no entanto, avaliou positivamente a entrada de Freixo no páreo. “Teremos um candidato claramente de esquerda. Com isso, o nosso candidato fica automaticamente com o apoio da direita”, analisou.

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