Greenpeace sobre conselho da Amazônia: “Não tem meta”
Entidade criticou a exclusão de governadores, sociedade civil e indígenas na composição do Conselho Nacional da Amazônia Legal
atualizado
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O Greenpeace – Organização Não Governamental (ONG) voltada para a defesa do meio ambiente – divulgou uma nota criticando o modo como o governo Federal decidiu recriar o Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Segundo a ONG, a transferência do Conselho, criado em 1995, do Ministério do Meio Ambiente para a vice-Presidência da República “não anulará a política antiambiental do governo e não tem por finalidade combater o desmatamento ou o crime ambiental”.
A entidade também criticou o fato de os governadores dos estados da Amazônia, a sociedade civil e indígenas terem ficado de fora da composição. “O conselho não tem plano, meta ou orçamento”, acusa a entidade.
Greenpeace também acusa o governo de desmonte dos órgãos de proteção e fiscalização ambiental, que resultou num aumento do desmatamento em 30%.
“Desde o anúncio do aumento do desmatamento em novembro, o governo emitiu uma Medida Provisória para premiar grileiros (MP 910/2019) e um Projeto de Lei para garimpeiros (PL 191/2020). Os alertas de desmatamento medidos pelo sistema DETER do INPE para o mês de janeiro de 2020 apontaram 280 km², o dobro do registrado no mesmo período do ano passado”, afirma a ONG.
O Metrópoles entrou em contato com a Presidência, vice-Presidência e ministério do Meio Ambiente mas não obteve resposta até a última edição desta reportagem. O espaço continua aberto.