Governo celebra investimentos na área de energia elétrica
Segundo ministro de Minas e Energia, até 2027 haverá crescimento de 5.900 kW/ano em novas linhas de transmissão
atualizado
Compartilhar notícia
Durante cerimônia de assinatura dos contratos de transmissão de energia – que vão gerar investimentos de cerca de R$ 13,2 bilhões e 28 mil empregos diretos –, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (25/3), o governo anunciou investimentos na área de minas e energia, com o objetivo de gerar lucros ao Brasil e “melhoria de vida” aos brasileiros. Em breve discurso, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que o leilão, realizado em dezembro do ano passado – ainda na gestão de Michel Temer (MDB) – foi um sucesso pelas sinalizações de sua eleição ao mercado financeiro.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, entre os anos de 2019 e 2027, haverá um crescimento de 5.900 kW/ano em novas linhas de transmissão de energia. Conforme declarou o ministro, o setor de energia deve investir mais de R$ 1 trilhão no Brasil, gerando R$ 400 bilhões para a rede elétrica brasileira.
Após a cerimônia, o diretor-executivo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)), André Pepitone, disse que o sucesso mostra a atratividade do setor. “Tivemos participação de 12 players internacionais oriundos de oito países”, disse Pepitone, celebrando a atratividade do setor elétrico do país. Ele ressaltou que o reconhecimento do mercado é devido ao trabalho de regulação da Aneel, mas desconversou sobre a redução das tarifas de energia para o brasileiro.”A tarifa é uma luta constante, um desafio do regulador em seu trabalho diário”, declarou.
“Senhor Bolsonaro, na Aneel prevalece a aritmética e não a ideologia”, disse o diretor da Aneel. Para Papitone, “investir no setor elétrico é seguro e atrativo” e, por isso, deve-se “dialogar com os atores do mercado” para identificar o que precisa ser melhorado. Segundo o diretor da agência, entre as propostas da Aneel, estão a readequação dos prazos das obras, para se tornarem condizentes com a realidade.
Para o ministro Bento Albuquerque, o Brasil possui “enormes oportunidades” e deve-se “angariar a confiança e a parceria dos investidores privados”, mostrando que se trata de uma opção “segura” para investimentos. “O Brasil é um país de enormes oportunidades. Temos um cenário de crescimento com sustentabilidade ambiental, social e econômico”, concluiu.
“De forma continua e sistêmica, atingiremos patamares cada vez mais elevados no cenário mundial com melhoria para a sociedade, sobretudo sobre melhora na qualidade de vida”, disse o ministro Albuquerque, ao afirmar que o setor de minas e energia tem “expressiva participação no PIB”.
“Caos” na gestão Lula
Bolsonaro (PSL) comentou que as decisões sobre as tarifas de energia brasileiras em 2012, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram um “prejuízo que ultrapassou a casa dos R$ 100 bilhões” e resultou em um “caos” no setor brasileiro. O chefe do Executivo federal reafirmou seu interesse em atrair capital privado para atuar no mercado de energia e disse que, com o leilão, o deságio médio fica em 46%, alcançando “uma menor tarifa para o usuário final”.
O presidente da República também falou sobre as recentes viagens que fez aos Estados Unidos e Chile, com o objetivo de “criar laços” com os países. Bolsarono comparou os resultados do leilão com a reforma da Previdência, que trará regras “mais justa e igualitárias e possibilitará equilíbrio das contas públicas”. Citando seu slogan de campanha “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, o presidente afirmou que “esse é o Brasil voltando a crescer”.