Fundo eleitoral: Flávio Bolsonaro diz que errou ao votar aumento
“Não prestei atenção”, admite senador em vídeo, antes de afirmar que não pretende usar recursos do fundo em campanhas futuras
atualizado
Compartilhar notícia
O senador Flávio Bolsonaro (sem partido) admitiu, nessa quarta-feira (04/12/2019), que errou ao votar os vetos da minirreforma eleitoral. A Câmara e o Senado garantiram o direito de os parlamentares aumentarem o fundo eleitoral para o ano que vem.
“Acabei dando um voto para derrubar esse veto, quando na verdade o voto deveria ter sido para manter o veto”, afirmou o senador em vídeo publicado em canal oficial do YouTube no mesmo dia. “Foi uma falha minha, uma desatenção minha”, completou.
“Agora já passou, não tem como voltar atrás. O que eu posso fazer é me comprometer a jamais, eu, Flávio Bolsonaro, vou usar recursos desse fundo eleitoral porque são recursos que, sem dúvida alguma, tão numa monta muito grande”, disse.
O valor proposto pelo relator é 120% maior do que o total de verba pública destinada às campanhas eleitorais de 2018. O montante, do qual cerca de 20% serão destinados ao PSL e ao PT, é também R$ 1,8 bilhão a mais do que o sugerido pelo governo federal.
Agora, a proposta ainda precisa ser aprovada pela Comissão Mista Orçamentária e pelo plenário da Câmara.
“Colinha” de votos
Flávio afirma no vídeo que, ao chegar à votação, foi-lhe entregue uma “colinha de votos”, distribuída pela liderança do governo, Major Olímpio (PSL-SP). “Eu peguei essa folha e não chequei exatamente esse ponto principal”, admitiu. Ainda de acordo com o senador, ele teve que votar 259 vezes apenas “naquela folhinha”.
De acordo com o artigo 49 da Constituição Federal, uma das funções primárias do Senado Federal e dos componentes é fiscalizar e controlar os atos contábeis, financeiros e orçamentários do Poder Executivo, com apoio do Tribunal de Contas da União. (Com Agência Estado)