Francischini sobre Previdência: “Governo não entrou de corpo e alma”
Deputado ainda não anunciou o relator da CCJ porque acredita faltar à base do governo vontade em aprovar as mudanças na aposentadoria
atualizado
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Presidente da Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR) reafirmou, na tarde desta sexta-feira (22/3), que é preciso um ambiente melhor antes de ser anunciado o relator da CCJ para a revisão das regras gerais para a aposentadoria dos brasileiros. Ele adiou a decisão nessa quinta-feira (21) devido à falta de “clima político” e, assim como o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele cobrou empenho do governo federal para intensificar a articulação com o Congresso Nacional.
Se governo não entrou ainda de corpo e alma na defesa da reforma, por que a gente teria que arcar com essa relatoria?
Felipe Francischini, sobre a tramitação da Reforma da Previdência
“Precisamos aprofundar o debate jurídico sobre alguns pontos do projeto e precisamos melhorar a interlocução do governo com o Congresso”, reforçou Francischini, que é do mesmo partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Apesar das críticas, o deputado se mostrou otimista e disse que combinou com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que o governo federal vai começar a agir. “Acredito que todos os atores deste processo têm que entender suas responsabilidades. A reforma é muito importante para o país e não podemos ter erros individuais neste momento”, completou.
Ainda de acordo com ele, não é possível cravar se haverá atraso no andamento da proposta por conta disso. “Não há como dizer se vai atrasar ou não a tramitação por causa desse ambiente político. Eu tenho certeza, a partir do almoço que tive hoje (sexta) com Onyx, que os esforços serão grandes para a montagem dessa base do governo. Espero que, com isso, possamos estar em um ambiente melhor para indicar o relator”, afirmou Francischini.
O presidente da CCJ disse ainda que está mantida para a próxima terça-feira (26) a ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao colegiado para tirar as dúvidas dos parlamentares sobre a reforma. “A vinda do ministro Paulo Guedes foi um consenso. A audiência está confirmada, até agora ninguém me ligou para desconvocar ou avisar que Guedes não poderia vir”, disse.