Fórum em defesa da Amazônia pede exoneração “imediata” de Salles
O grupo é formado por parlamentares da oposição e será um núcleo fixo de discussão do tema na Câmara dos Deputados
atualizado
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Após reunião com duração de mais de duas horas, o fórum nacional amplo em defesa da Amazônia publicou nota, nesta quarta-feira (28/08/2019), com as diretrizes a serem seguidas a fim de restaurar a região e evitar futuras queimadas e desmatamento. Entre as demandas indicadas como “urgentes” está a exoneração “imediata” do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Segundo o grupo oposicionista, o incidente com a Amazônia mostra a “incapacidade” do chefe da pasta de gerir políticas relacionadas ao futuro do país.
No encontro, também ficou decidido que o fórum vai se tornar um núcleo permanente de monitoramento e atuação no tema na Câmara dos Deputados. O grupo é composto por frentes parlamentares em defesa do Meio Ambiente, entidades ambientais, jurídicas, estudantis, sociais e religiosas, como a Pastoral da Terra. Os presidentes são a deputada Jandira Feghali (PCdoB-PR) e Alessandro Molon (PSB-RJ), líderes da minoria e da oposição, respectivamente.
Além da demissão do ministro, também foi deliberada a necessidade de fortalecimento dos órgãos de fiscalização e prevenção, o aumento da impunidade aos causadores de crimes ambientais, e a garantia de recursos orçamentários e financeiros para a vistoria da região.
“Subscrevemos este manifesto e exigimos que o presidente da República demonstre que o Brasil é um país ciente de seus deveres ambientais coletivos, que estimula a produção agrícola séria e responsável, que é uma nação que tudo fará para assegurar tanto seu desenvolvimento e a melhoria contínua da vida de seus cidadãos como a necessária sustentabilidade ecológica desse desenvolvimento”, informou, o texto.
Desde que as queimadas despertaram a atenção internacional para a Amazônia, diferentes grupos e países têm se mobilizado para dar mais amparo à região. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que vai enviar ajuda de Israel para o combate aos focos de incêndio, assim como o conglomerado de luxo francês LVMH, que doará 10 milhões de euros (R$ 46,1 milhões) ao Brasil.
Devido ao desentendimento com líderes europeus, o Palácio do Planalto informou que pode rejeitar, a depender dos termos, a ajuda de 20 milhões de euros – equivalente a cerca R$ 91 milhões – prometida pelo G-7, o grupo de países mais ricos do mundo.
Confira o documento elaborado pelo fórum na íntegra:
Nota – Amazônia (1)-Convertido by Anonymous sF1qJP01 on Scribd