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Flávio Bolsonaro comprou 19 imóveis por R$ 9 milhões, afirma MP

Segundo os procuradores, as operações imobiliárias contêm sérios indícios de lavagem de dinheiro e organização criminosa

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No pedido para quebra de sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou haver indícios de que o filho do presidente da República praticou lavagem de dinheiro por meio de transações imobiliárias e de uma organização criminosa instalada em seu gabinete na Assembleia Legislativa (Alerj).

De acordo com a revista Veja, os promotores constataram que entre 2010 e 2017, enquanto deputado estadual, Flávio lucrou R$ 3,089 milhões com os negócios, tendo investido R$ 9,425 milhões na compra de 19 imóveis.

O pedido do Ministério Público foi autorizado no dia 24 de abril e mantido em sigilo até esta semana. A medida se estende não só a Flávio Bolsonaro: inclui o seu ex-assessor Fabrício Queiroz, outros 88 ex-funcionários do gabinete na Alerj, bem como familiares e empresas de todos os implicados.

“Na presente investigação, pelos elementos de provas colhidos já é possível vislumbrar indícios da existência de uma organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade, formada desde o ano de 2007 por dezenas de integrantes do gabinete do ex-deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro e outros assessores nomeados pelo parlamentar para outros cargos na Alerj, destinada à prática de crimes de peculato, cuja pena máxima supera quatro anos”, descreve o MP, segundo o jornal O Globo.

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Quebra de sigilo
Na lista de ex-funcionários de Flávio que terão o sigilo quebrado, constam Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, irmã e mãe do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado pelo MPRJ como miliciano e um dos líderes do Escritório do Crime, organização suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), executada em março de 2018.

Foragido, o ex-policial é acusado de participação em vários homicídios, registrados em 10 anos. Adriano já foi homenageado por Flávio na Alerj.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou que outros servidores do gabinete de Flávio repassaram parte dos salários a Queiroz, na maioria das vezes em datas próximas ao pagamento na assembleia.

A suspeita do MPRJ é de que o ex-assessor recolhia o dinheiro para si próprio ou para entregar ao então deputado estadual, hoje senador. Em depoimento à força-tarefa do caso, Queiroz disse que “gerenciava” o salário dos colegas. Ambos negam as acusações.

Também tiveram os sigilos afastados três empresários norte-americanos: Glenn Howard Dillard, Paul Daniel Maitino e Charles Anthony Eldering. Eles são donos de duas empresas ligadas ao ramo imobiliário, a Linear Enterprises, com sede no Andaraí, Zona Norte do Rio de Janeiro, e a Realest, localizada no Centro da capital fluminense.

Outro lado
O senador se defendeu no Twitter, negando qualquer irregularidade em relação ao seu patrimônio.

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