Facebook remove conta de falsos candidatos no Brasil
A rede social acredita estar mais preparada para controlar interferências de notícias falsas nas eleições deste ano
atualizado
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O Facebook informou, na terça-feira (2/10), que removeu no Brasil contas de pessoas responsáveis por fingirem ser candidatos. A empresa também agiu contra fotos manipuladas e informações incorretas, como perfis com postagens de “santinhos fake”. A rede social não informou quantas contas já foram alvo em meio à campanha eleitoral.
O Facebook acredita estar mais preparado para controlar interferência ilegal e notícias falsas sobre a eleição brasileira do que estava na disputa presidencial americana responsável por levar Donald Trump à Casa Branca. Em conversa com jornalistas na terça, diretores do Facebook detalharam iniciativas tomadas para evitar a interferência de contas falsas no processo eleitoral nacional.
“A maior mudança nesse ano para o Brasil em comparação com os EUA em 2016 é que estamos muito mais proativos em prevenir abusos”, afirmou o diretor de produtos para eleições e engajamento cívico da empresa, Samidh Chakrabati. Segundo ele, os “adversários” que divulgam desinformação se sofisticaram de lá para cá, mas a rede social também melhorou suas ferramentas.
As eleições brasileiras são consideradas uma prioridade na empresa. O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, admitiu em entrevista no início do ano que o Facebook cometeu erros em 2016. De acordo com ele, a empresa estava muito comprometida com a integridade da votação no Brasil.
Entre as medidas tomadas pelo Facebook nas eleições brasileiras estão, por exemplo, a inauguração de uma “sala de guerra” na sede da empresa, em Menlo Park, Califórnia (EUA). No local, que começou a funcionar há cerca de uma semana, o time de engenheiros, comunicação e política da rede social decide questões sensíveis ligadas à eleição, como o que fazer após a identificação de contas falsas.
Com uso de inteligência artificial, o Facebook já bloqueou 1,3 bilhões de contas falsas no mundo inteiro. A empresa não divulgou números específicos relacionados ao pleito no Brasil.