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Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso na Bahia

A prisão é decorrência das delações do empresário Joesley Batista e do operador financeiro Lúcio Funaro

atualizado

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1 de 1 geddel - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-ministro Geddel Vieira foi preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira (3/7) na Bahia. O político ocupou a Secretaria de Governo no início do mandato do presidente Michel Temer. A decisão partiu do juiz Vallisney  de Souza, titular da 10ª Vara Federal de Brasília.

O mandado é de prisão preventiva, quando não há prazo para a soltura. Na madrugada desta terça (4), ele foi trazido para a carceragem da superintendência da PF em Brasília, onde ficará para prestar depoimento.

A prisão foi baseada nos depoimentos do operador Lúcio Funaro e do empresário e delator Joesley Batista no âmbito da Cui Bono. O ex-ministro estaria agindo para obstruir as investigações.

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Ele foi preso acusado de tentar obstruir a Justiça
O ex-ministro mora em um apartamento a cerca de 1km do local onde a PF apreendeu os R$ 51 milhões
O juiz Vallisney de Souza Oliveira disse que a prisão é para evitar destruição de provas
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Geddel Vieira Lima estava em prisão domiliciar em Salvador (BA)

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Ele foi preso acusado de tentar obstruir a Justiça

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O ex-ministro mora em um apartamento a cerca de 1km do local onde a PF apreendeu os R$ 51 milhões

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O juiz Vallisney de Souza Oliveira disse que a prisão é para evitar destruição de provas

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Geddel foi encaminhado para a Polícia Federal

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Após depoimento, seguiu para a Papuda

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A operação investiga a existência de práticas criminosas na liberação de créditos e investimentos por parte de duas vice-presidências da Caixa Econômica Federal: a de Gestão de Ativos de Terceiros (Viter) e a de Pessoa Jurídica. Uma das vice-presidências era ocupada por Geddel.

Quebra do sigilo
Ao decretar a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira autorizou a busca e apreensão de aparelhos de celulares do investigado e a quebra do sigilo telefônico dos telefones apreendidos. O objetivo é buscar elementos para comprovar os contatos de Geddel com a esposa do operador Lúcio Funaro.

Na decisão, o juiz diz que Geddel entrou em contato por diversas vezes com a esposa de Funaro para verificar a disposição do marido preso em firmar acordo de colaboração premiada, o que pode caracterizar um exercício de pressão sobre Funaro e sua família. Segundo o magistrado, não é a primeira vez que Geddel tenta persuadir pessoas ou pressioná-las, lembrando o episódio em que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusou Geddel de atuar para a liberação da construção de um imóvel em Salvador.

Decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região – Geddel Vieira by Metropoles on Scribd

 

Para o juiz, há provas até o momento da participação de Geddel no esquema de irregularidades apuradas na Operação Cui Bono, que investiga o suposto esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013 e, se permanecer solto, ele pode atrapalhar as investigações.

“É que em liberdade, Geddel Vieira Lima, pelas atitudes que vem tomando recentemente, pode dar continuidade a tentativas de influenciar testemunhas que irão depor na fase de inquérito da Operação Cui Bono, bem como contra pessoas próximas aos coinvestigados e réus presos Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Lúcio Bolonha Funaro”, diz o juiz em sua decisão.

A defesa de Geddel informou  que ainda está apurando os acontecimentos e em breve irá se manifestar. (Com informações da Agência Brasil)

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