Embaixador: Israel entende recuo de Bolsonaro no caso da embaixada
Para Yossi Shelley, o presidente brasileiro é um amigo e que, por isso, não seria estimulado a fazer algo que prejudicasse o país
atualizado
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O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, disse nesta quarta-feira (22/05/2019) que entende o recuo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em não transferir para Jerusalém a embaixada brasileira, promessa do presidente durante a campanha a denominações evangélicas que o apoiaram.
“Acho que o presidente é um homem muito inteligente. Ele vai fazer as coisas que são boas para o Brasil e para Israel. Não o puxamos para fazer coisas que vão atrapalhar o Brasil”, disse o embaixador.
“Quando ficamos entre amigos, amigos não puxam. Se pode, pode. Se não pode, não pode. Ele quer fazer isso, mas você sabe que o mundo agora é global. Não pode tomar decisão para aqui e para lá”, completou.
A representação do Brasil em Tel Aviv foi mantida pelo presidente após países do mundo árabe, consumidores da carne brasileiras, se rebelarem contra a transferência. Bolsonaro, ao visitar o país, anunciou somente a abertura de um escritório de negócios na cidade considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.
OCDE
O embaixador informou ainda que o Brasil e Israel têm tomado posições de apoio mútuo em fóruns internacionais e que Israel pretende apoiar o pleito do Brasil de aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viajou a Paris, França, sede da entidade, nesta semana, em plena campanha em busca de apoio de mais estados-membros, reunidos para uma cúpula periódica.
